Banco não tem Regional de Segurança em Mato Grosso
Sindicato dos Bancários visita agência de Poconé e cobra ações efetivas do Banco do Brasil

Com o objetivo de saber como estão os bancários e conferir a situação da agência do Banco do Brasil, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) esteve em Poconé, nesta terça-feira (12). O Sindicato constatou que a agência continua com as consequências do ataque dos criminosos no último sábado (09) e que o órgão de segurança do Banco do Brasil ainda não apareceu na cidade para solucionar os problemas. Lembrando que a agência está deteriorada devido à explosão de dinamites dentro da agência.

O presidente do Sindicato, Arilson da Silva, observou que o clima na cidade é de muita insegurança. Após solicitação do SEEB-MT, a agência não funcionará até que as providências sejam tomadas para que o prédio apresente boas condições de trabalho.

Arilson da Silva lamenta que essa onda de ataques continue e indaga o Banco do Brasil pelo fato de Mato Grosso não ter um órgão de segurança do banco, a chamada Regional de Segurança (Reseg) do Banco do Brasil. “Até o momento, o órgão de segurança do Banco do Brasil que é de Campo Grande não veio até Poconé. Está tudo danificado e a agência não tem condições de atender o público. Os funcionários fizeram um esforço enorme para atender a população, que merece um atendimento digno, mas a situação é de risco para a população e para os bancários da agência. É preciso que as questões de segurança sejam resolvidas, o sindicato vai continuar acompanhando o caso”. 

O Sindicato manterá contato com o Banco do Brasil para que providências sejam tomadas, uma vez que as condições internas precisam ser revistas e ações encaminhadas para dar mais segurança para toda população.

Pesquisa Nacional - Mato Grosso está na quinta colocação na pesquisa nacional de ataques a bancos. Os dados que fazem o Estado ficar em quinto lugar são do primeiro semestre deste ano e, por isso, não contabilizaram as três últimas ações de criminosos, a última em Poxoréu, e os atentados aos caixas eletrônicos. Em uma lista com 27 colocações, Mato Grosso se destaca pelos números de ações nas agências bancárias e reforça o que o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) vem cobrando dos bancos e das autoridades: mais segurança.

O Estado Mato-grossense perde somente para os estados de São Paulo, Bahia, Paraná e Paraíba. A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizadoras da pesquisa, entraram em contato com o SEEB-MT para a coleta de dados no mês de junho.

De acordo com a pesquisa, ocorreram 838 ataques a bancos no primeiro semestre de 2011 no Brasil, uma média de 4,63 ocorrências por dia. Desses casos, 301 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 537 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos (incluindo o uso de dinamites e maçaricos).

O presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva, observa que é lamentável que Mato Grosso esteja na quinta colocação e destaca a necessidade de ações efetivas por parte dos bancos para que toda população não corra risco nos bancos. “Mantemos nossa reivindicação por mais segurança no ambiente bancário com investimento em câmeras em tanto dentro quando fora do prédio, com boa definição para que os bandidos possam ser identificados, vidros blindados para impedir a invasão dos assaltantes. Em Cuiabá, por exemplo, os bancos devem instalar os biombos para dificultar as chamadas saidinhas de bancos. A segurança pública também precisa reforçar suas ações”.