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Cidades/Geral
Quarta - 13 de Julho de 2011 às 08:18

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Começou ontem o processo de transição na gestão da Central Estadual de Abastecimento de Insumos de Saúde (Ceadis), responsável por gerir o estoque de medicamentos que o governo fornece por meio da Farmácia de Alto Custo. A Central será responsabilidade do Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (IPAS), única participante da polêmica licitação anunciada pelo secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, a fim de delegar o setor a uma organização social (OS) prometendo melhoras no gerenciamento - marcado pela demora e falta de remédios.

Henry apresentou à imprensa na manhã de ontem a equipe do IPAS, cujo diretor será o farmacêutico e economista Silvio Machado. A transição deverá ser concluída até agosto.

De acordo com o edital de licitação, ficarão a cargo do IPAS atribuições como o armazenamento dos produtos (medicamentos, materiais e insumos de saúde), a administração dos estoques, a estruturação e organização de uma central telefônica para atendimento, bem como a informatização do sistema.

O contrato é de cerca de R$ 7 milhões ao ano. A decisão de atribuir o gerenciamento da Ceadis a uma OS foi defendida por Henry, que prevê redução na chamada “judicialização da saúde”.

Reflexo direto da ineficiência na gestão dos medicamentos oferecidos pelo governo, 70% das ordens judiciais que a Secretaria de Estado de Saúde (SES) recebe atualmente dizem respeito a pessoas que processaram o Estado por não conseguirem os medicamentos que precisam na Farmácia de Alto Custo. A meta é zerar esses processos. Machado, novo diretor da equipe da Ceadis, ainda está se inteirando da situação desses processos.

Além do modelo da OS, que pretende trabalhar com metas de qualidade e satisfação dos usuários, a idéia de Henry é alterar a logística do atual sistema com a instalação de estruturas de distribuição de medicamentos nos 16 escritórios regionais de saúde espalhados por Mato Grosso.

A distribuição por meio desses escritórios servirá de maneira imediata, mas a intenção é que, por meio de parcerias com os municípios, o usuário possa receber o medicamento em sua própria cidade no futuro.

Esses medicamentos também passarão a ser comprados via internet, outra proposta da SES para garantir agilidade e acabar com as lacunas nos estoques. Já foi realizado o registro de preços de todos os 1,3 mil produtos utilizados no ano passado, o que servirá de base para as futuras aquisições.






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