Imagens da PCE são analisadas
As imagens captadas pelo circuito de segurança da Penitenciária Central do Estado (PCE) são analisadas por peritos do Instituto de Criminalística do Estado na tentativa de buscar a identificação das armas que provocaram a morte do agente prisional Wesley da Silva Santos, 24, e o presidiário Uenes Brito dos Santos, 22, em uma tentativa de rebelião ocorrida dia 20 de junho.
Desde que o polêmico laudo de necropsia apresentou como causa da morte a perfuração por chuço (arma artesanal confeccionada com barras de ferro), a delegada Anaíde Barros, responsável pelo inquérito, busca elementos técnicos para chegar às armas e aos autores do golpe. Segundo o delegado Antônio Garcia de Matos, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Polícia Civil encaminhou ao perito uma série de questionamentos sobre o local onde ocorreu o conflito e se as imagens mostram quem poderia estar com as armas. As 2 armas aprendidas no dia e entregues pelos militares seriam incompatíveis com as perfurações nos corpos das vítimas.
Tanto nos atestados de óbito como em depoimentos dos envolvidos no conflito, a informação é que a morte dos 2 resultou de disparos feitos por armas de grosso calibre, usadas por policiais militares que atuam na contenção da unidade. Depoimentos de outros agentes apontam que a arma que Uenes tinha não chegou a ser usada contra o agente prisional, já que não houve tempo. Tão logo ele rendeu o agente, foi atingido pelo disparo.
Garcia disse que ainda não há prazo para o recebimento do laudo feito com base nas imagens. Acredita que o trabalho é minucioso e poderá determinar passo a passo o que ocorreu dentro da unidade e com quem estariam as armas que provocam os ferimentos que, segundo o laudo do Instituto Médico Legal, provocaram a morte do agente e do preso. (SR)
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