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Internacional
Terça - 12 de Julho de 2011 às 19:36

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Os Estados Unidos devem aumentar a pressão e não relaxar suas sanções contra Cuba até que os irmãos Castro saiam do poder, afirmou nesta terça-feira no Congresso americano Reina Luisa Tamayo, mãe do preso cubano morto em greve de fome, Orlando Zapata.

"O embargo jamais poderá tirar os Castro, mas ainda é necessário duplicá-lo", disse Tamayo, 62 anos, durante um evento com legisladores americanos.

Tamayo pediu para não esquecer seu filho, um pedreiro de 42 anos que morreu em 23 de fevereiro de 2010 depois de uma greve de fome com a qual exigia melhores condições carcerárias, enquanto cumpria penas acumuladas de 30 anos.

"Senhoras e senhores, não esqueçam dos lutadores pacíficos cubanos", disse Tamayo, na ocasião visivelmente emocionada, como quando mostrou uma camiseta manchada de sangue usada por Zapata em uma das torturas que, segundo ela, sofria frequentemente na prisão.

"Enquanto derem um respiro aos irmãos Castro, eles continuarão no poder. Há que fechar todas as portas para que eles desistam do poder", completou Tamayo, que chegou aos Estados Unidos em 9 de junho com as cinzas de seu filho e vários familiares de Cuba, onde assegura que eram hostilizados.

"Não pensem que com Fidel e Raul Castro haverá mudanças", afirmou.

Desde sua chegada ao poder, o presidente Barack Obama relaxou certas restrições em relação a Cuba, e ambos os países retomaram o diálogo migratório, mas advertiu que o embargo se manterá.

A morte de Zapata, considerado um criminoso comum por Havana, desatou fortes críticas contra o governo comunista, sobretudo dos Estados Unidos e Europa, e reativou a oposição interna em Cuba.

Tamayo e seu marido, que moram na Flórida, foram recebidos por um grupo de cinco legisladores, quase todos cubano-americanos e anticastristas. Posteriormente, conversaram também com o senador republicano Marco Rubio (Flórida).

A republicana Ileana Ros-Lehtinen (Flórida), chefe da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, e o democrata Albio Sires (Nova Jersey) anunciaram que enviariam uma carta para que o presidente Obama se interesse por Tamayo.

"Aqui não há nem democratas nem republicanos, aqui o que há é uma coisa: colocar pressão ao regime dos Castro para que vão embora de Cuba", disse Sires.

"Espero que o presidente e a primeira-dama tenham interesse pessoal nesse caso", disse, por sua vez, o republicano David Rivera (Flórida).





Fonte: Reuters

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