ONU determina que escolas e hospitais são "refúgios de proteção"
O Conselho de Segurança da ONU determinou, nesta terça-feira, que escolas e hospitais são considerados zona de proteção para as crianças ameaçadas pela guerra.
Liderada pelo ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, o órgão da ONU decidiu, em votação unânime, que o secretário-geral da ONU deve "nomear e condenar" as forças de segurança nacional que atacarem escolas e hospitais em conflitos, comumente, matando, mutilando e violando sexualmente as crianças.
A resolução ainda pede aos países que atuem para tentar impedir a prática.
"Devemos fazer o possível para proteger as crianças que são, geralmente, as primeiras vítimas dos conflitos e da violência", disse Westerwelle.
Jo Becker, responsável pelos direitos das crianças no Human Rights Watch, disse que criar uma lista negra da ONU pode ter um impacto real. "Estigmatiza", afirmou Becker.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou que estava satisfeito que a proteção de escolas e hospitais passariam a ser tratada como uma questão de paz e segurança internacional.
As escolas têm sido alvos constantes nos conflitos armados. Há notícia de casos em, ao menos, 31 países na África, Ásia, Europa, América Latina e Oriente Médio. Incluindo a invasão de uma escola na Índia no ano passado, mais de 700 ataques a escolas pelo Taleban no Paquistão e um tiroteio em uma escola no México em que a professora acalmou seus alunos da pré-escola cantando uma música
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