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União quer saber o que motivou a decisão do governo do Estado em escolher o modelo de transporte em detrimento do BRT, que já tinha projeto completo
Ministério notifica Agecopa sobre VLT
O Ministério das Cidades “estranhou” a decisão do governo do Estado em escolher o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) como transporte público de Cuiabá para a Copa do Mundo de 2014.
A Agência Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa) foi notificada a esclarecer a escolha do VLT na próxima reunião entre ministério e Agência, que deverá ocorrer ainda neste mês.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, “causou surpresa e estranhamento a decisão da Agecopa em preterir o Bus Rapid Transit (BRT) em favor do VLT, tardiamente”.
“O BRT já tinha um projeto completo, recurso garantido pela Caixa Econômica Federal e, ao mudar para o VLT, Mato Grosso vai começar do zero. Mas o ministério quer entender os motivos da mudança antes de fazer um julgamento, por isso foi pedida a justificativa”, informou a assessoria de imprensa do órgão.
O governo federal ressaltou que os estados têm autonomia para decidir sobre as obras a serem feitas nas cidades-sedes da Copa do Mundo, apesar dos recursos serem provenientes da União, mas, se ficar comprovada a incapacidade de se realizar alguma obra, o ministério poderá decidir o que entender ser melhor para a cidade.
A assessoria de imprensa da Agecopa informou que nenhum dos diretores se pronunciaria sobre o assunto enquanto o diretor-presidente, Éder Moraes, não voltasse de viagem. Moraes retorna a Cuiabá hoje à noite, após viajar por 10 dias com o governador Silval Barbosa (PMDB) para a Rússia e China.
Na semana passada, o portal UOL publicou reportagem apontando o peso do lobby na escolha do VLT como modal de transporte do projeto de mobilidade urbana para Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo a reportagem, o estudo defendendo o VLT, feito pela empresa TTrans, de São Paulo, que fornece sistemas metroviários de energia, controle e material rodante, possui dez páginas tamanho A-4 e nenhuma referência à realidade específica de Cuiabá, metodologia de cálculos ou contexto econômico.
Já o estudo do BRT contém centena de páginas e se aprofunda nas questões urbanísticas e econômicas da capital mato-grossense, o que foi confirmado pela assessoria do ministério. Um software de engenharia de tráfego (Transcad) foi utilizado para determinar os fluxos de transporte da cidade.
Conforme o ministério informou, com a escolha do VLT, Cuiabá perdeu um financiamento de R$ 451 milhões da Caixa Econômica Federal para a construção de três corredores do BRT, para investir R$ 1,1 bilhão no VLT.
Além disso, Cuiabá não precisaria de um sistema de transporte que pudesse transportar mais do que 20 mil pessoas por hora. Com o projeto de BRT sugerido à prefeitura, é possível transportar até 30 mil pessoas por hora.
Já o VLT transporta até 40 mil pessoas por hora. As linhas de BRT somariam 33 quilômetros e teriam 32 estações, ligando o Centro da cidade ao aeroporto e ao estádio que está sendo construído. Já o VLT ainda não tem itinerário e extensão definidos.
A Agência Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa) foi notificada a esclarecer a escolha do VLT na próxima reunião entre ministério e Agência, que deverá ocorrer ainda neste mês.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, “causou surpresa e estranhamento a decisão da Agecopa em preterir o Bus Rapid Transit (BRT) em favor do VLT, tardiamente”.
“O BRT já tinha um projeto completo, recurso garantido pela Caixa Econômica Federal e, ao mudar para o VLT, Mato Grosso vai começar do zero. Mas o ministério quer entender os motivos da mudança antes de fazer um julgamento, por isso foi pedida a justificativa”, informou a assessoria de imprensa do órgão.
O governo federal ressaltou que os estados têm autonomia para decidir sobre as obras a serem feitas nas cidades-sedes da Copa do Mundo, apesar dos recursos serem provenientes da União, mas, se ficar comprovada a incapacidade de se realizar alguma obra, o ministério poderá decidir o que entender ser melhor para a cidade.
A assessoria de imprensa da Agecopa informou que nenhum dos diretores se pronunciaria sobre o assunto enquanto o diretor-presidente, Éder Moraes, não voltasse de viagem. Moraes retorna a Cuiabá hoje à noite, após viajar por 10 dias com o governador Silval Barbosa (PMDB) para a Rússia e China.
Na semana passada, o portal UOL publicou reportagem apontando o peso do lobby na escolha do VLT como modal de transporte do projeto de mobilidade urbana para Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo a reportagem, o estudo defendendo o VLT, feito pela empresa TTrans, de São Paulo, que fornece sistemas metroviários de energia, controle e material rodante, possui dez páginas tamanho A-4 e nenhuma referência à realidade específica de Cuiabá, metodologia de cálculos ou contexto econômico.
Já o estudo do BRT contém centena de páginas e se aprofunda nas questões urbanísticas e econômicas da capital mato-grossense, o que foi confirmado pela assessoria do ministério. Um software de engenharia de tráfego (Transcad) foi utilizado para determinar os fluxos de transporte da cidade.
Conforme o ministério informou, com a escolha do VLT, Cuiabá perdeu um financiamento de R$ 451 milhões da Caixa Econômica Federal para a construção de três corredores do BRT, para investir R$ 1,1 bilhão no VLT.
Além disso, Cuiabá não precisaria de um sistema de transporte que pudesse transportar mais do que 20 mil pessoas por hora. Com o projeto de BRT sugerido à prefeitura, é possível transportar até 30 mil pessoas por hora.
Já o VLT transporta até 40 mil pessoas por hora. As linhas de BRT somariam 33 quilômetros e teriam 32 estações, ligando o Centro da cidade ao aeroporto e ao estádio que está sendo construído. Já o VLT ainda não tem itinerário e extensão definidos.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/84028/visualizar/
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