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Nacional
Segunda - 11 de Julho de 2011 às 17:45

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O balanço dos 30 primeiros dias da Operação Sentinela mostra que a fiscalização ostensiva, aliada a ações de inteligência e a integração com outros países, é capaz de coibir crimes transnacionais como o tráfico de drogas e armas e o contrabando de produtos. Parte do Plano Estratégico de Fronteiras, a operação já apreendeu pelo menos 11 toneladas de maconha e cocaína, 283,7 mil aparelhos eletrônicos e 358 mil pacotes de cigarros, além da prisão em flagrante de 550 pessoas.

As apreensões de maconha subiram 64,2% em comparação ao total apreendido de janeiro a maio de 2011. Segundo o relatório de junho deste ano, 10,5 toneladas de maconha foram apreendidas enquanto o total de janeiro a maio ficou em 6,38 toneladas. O volume de cocaína apreendida (527,38 Kg) é 233 vezes maior do que a quantidade em junho de 2010.

A comparação dos dados é relativa, porque as apreensões ou prisões não serão necessariamente constantes. O objetivo do plano de fronteiras é o enfrentamento do crime e, ao longo do tempo, reduzir apreensões e prisões. Agora, os resultados desse primeiro mês de Operação Sentinela são particularmente significativos porque revelam o efeito da fiscalização mais intensa nas áreas fronteiriças.

O impacto no tráfico não se mede apenas pelas 11 toneladas de drogas já apreendidas. Numa nova estratégia de atuação na fronteira e sem interferir na soberania dos países vizinhos, o Brasil tem empreendido esforços para a erradicação de plantações de coca e de maconha nos territórios do Peru e do Paraguai. Cerca de 900 hectares de coca (que originariam 600 quilos de cocaína) e 600 hectares de maconha (que produziriam 1,2 mil tonelada da droga) estão sendo destruídos pela Polícia Federal junto com as polícias peruana e paraguaia.

“A nova estratégia tem foco na inteligência e no trabalho integrado dos agentes de segurança pública do Brasil e dos países vizinhos. Isso é fundamental para enfrentar o tráfico e os demais ilícitos transnacionais”, enfatiza o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

 
Abordagem multiplica
A execução do Plano Estratégico de Fronteiras intensificou as abordagens policiais, que aumentam a probabilidade de apreensão de drogas e demais produtos ilegais, além de inibirem o crime.
Comparando junho de 2010 com junho de 2011, houve um aumento de 287% no número de pessoas abordadas, subiu de 70.266 para 271.985.

O número de veículos abordados aumentou quase 14 vezes. Passou de 13.974 em junho de 2010 para 194.288 este ano. No caso das embarcações, o número de abordagens foi três vezes maior, foi de 127 em 2010 para 415 em 2011.

Foram presas, em junho de 2011, 550 pessoas em flagrante e apreendidas 40 armas de fogo. Esses quantitativos de um único mês são próximos aos cinco primeiros meses do ano: 530 presos em flagrante e 46 armas apreendidas. Foram cumpridos, em junho de 2011, 44 mandados de prisão. É quase o dobro do registrado de janeiro a maio deste ano: 25.

Em junho de 2011, foi apreendido um volume de pacotes de cigarros (358.221) seis vezes maior do que o de janeiro a maio. Comparando os mesmos períodos, a quantidade de aparelhos eletroeletrônicos apreendidos aumentou 155 vezes (283.705).

Para melhorar o controle das fronteiras, houve aumento no efetivo policial (números não divulgados por questão de segurança) e também investimentos em equipamentos e recursos tecnológicos. No dia 30 de junho, como parte do plano, foram entregues aos 11 estados em região de fronteira uma primeira leva de equipamentos: 48 viaturas, 506 capacetes e 110 armas de menor potencial ofensivo, ao custo de R$ 7.136.768,00.  A partir desta semana, ações de fiscalização ganham força com o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O Plano Estratégico de Fronteiras foi lançado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e pelos os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Defesa, Nelson Jobim, no dia 8 de junho. Com foco na inteligência e coordenada pelo Ministério da Justiça, a Operação Sentinela tem a atuação conjunta da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, além da própria Secretaria Nacional de Segurança Pública. Estão em andamento operações integradas entre os órgãos de segurança pública federais e as Forças Armadas (Ministério da Defesa), responsáveis pela Operação Ágata.






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