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Nacional
Segunda - 11 de Julho de 2011 às 11:22
Por: Rodrigo Viga/Simone Sartori

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Terra
Ronaldinho Gaúcho é citado na Justiça por cheque sustado após negociação da compra de um imóvel no RS
Ronaldinho Gaúcho é citado na Justiça por cheque sustado após negociação da compra de um imóvel no RS

O empresário gaúcho Onoir Tresbach Bobsin entrou com uma ação de indenização na Justiça contra o jogador do Flamengo Ronaldinho Gaúcho por um cheque sustado de R$ 240 mil em 2009, após a negociação de uma casa de shows no valor de R$ 1,2 milhão. O imóvel onde funcionava o Clube Sensação, na avenida Cavalhada, em Porto Alegre, mudou o nome para Planet Music Hall e tem o atleta como um dos sócios. O empresário alega que teve prejuízos por causa do cheque sustado e que até hoje não recebeu qualquer explicação, nem do jogador nem da instituição bancária, no caso o Banco do Brasil. Bobsin afirma ainda que recuperou o valor depois de várias tentativas, em pagamento feito pelo banco com o mesmo cheque. Procurada, a assessoria do jogador não retornou para dar sua versão sobre o assunto.

"Eles me deram dois cheques de R$ 240 mil. Sendo que um cheque ficou comigo e outro para o meu sócio. Só que o que ficou comigo voltou sustado. Por causa essa situação, eu perdi vários negócios, inclusive perdi um caminhão que eu tinha comprado para meu filho trabalhar", relata o empresário gaúcho.

Frustração
De acordo com Bobsin, o número do cheque consta na escritura pública do imóvel e aparece em nome de Ronaldinho, assinado por procuração pela mãe dele, Miguelina de Assis Moreira, em negociação feita também com a participação do irmão e empresário do jogador, Roberto de Assis Moreira, e pelo advogado Sérgio Queiroz. Na época, Ronaldinho ainda morava no exterior.

"Não tinha motivo nenhum para esse cheque voltar, e voltou. O cheque estava no nome do Ronaldinho", lamenta Bobsin. "Fiquei bem frustrado, bastante frustrado. Nunca esperaria isso, poderia esperar de qualquer uma outra negociação que fizesse, menos de uma negociação feita com o Ronaldinho, né? Aliás, por sinal, a negociação foi feita com ele porque ele era meu vizinho, de frente e do lado (do imóvel negociado). Já conhecia toda a família dele, porque realmente são vizinhos. Não se tinha amizade nenhuma, mas sabíamos que era gente de bem", aponta.

Indenização
A ação judicial de indenização por danos morais, materiais e lucro cessante tem um valor estimado de R$ 143 mil. Com o pedido, o empresário espera ser compensado pelos prejuízos que teve à época da negociação.

"Foi o meu bem maior que vendi para eles. Eu precisava vender esse bem para pagar contas. E eu vendi esse bem por um valor de R$ 1,2 milhão, onde praticamente a metade foi para pagar contas. O nosso questionamento é somente em cima do prejuízo por esse cheque de R$ 240 mil que voltou. É isso que estou tentando: sanar um pouco do prejuízo que eu tive", justifica Bobsin.

De acordo com o advogado Luís Fernando Gusmão, que representa o empresário em Porto Alegre, a citação foi encaminhada à Justiça do Rio de Janeiro por carta precatória, uma vez que Ronaldinho tem residência fixa na capital fluminense.

"Meu cliente teve vários prejuízos financeiros, daí a necessidade de citá-lo (Ronaldinho). Durante esse tempo, tentamos várias vezes encontrá-lo em Porto Alegre, quando visitava a família na época em que morava no exterior. Mas agora, com o endereço certo (no Rio de Janeiro), ficou mais fácil", disse Gusmão. Segundo ele, um oficial de Justiça deve entregar a citação da carta precatória ao jogador até esta segunda-feira. Feito isso, Ronaldinho terá um prazo de 15 dias para se manifestar.

O Terra procurou o irmão e empresário de Ronaldinho, Roberto Assis, mas desde sexta-feira ele não atende nem retorna as mensagens deixadas na caixa postal. A assessoria de imprensa do Flamengo disse que não vai se manifestar, pois não se envolve na vida particular do jogador.





Fonte: Terra

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