Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 11 de Julho de 2011 às 05:52

    Imprimir


Um conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou ao ditador iemenita, Ali Abdullah Saleh, que assine o plano de transferência de poder, durante uma reunião que mantiveram na capital da Arábia Saudita, o líder recupera-se de ferimentos, informou a Casa Branca no domingo (10).

"Os Estados Unidos pensam que a transição no Iêmen deve começar imediatamente, para que os iemenitas possam concretizar suas esperanças", indicou a Casa Branca em comunicado.

Mais cedo, em meio aos protestos que mais uma vez tomaram as ruas do Iêmen, o ditador sinalizou --assim como já fez inúmeras vezes nos últimos meses, sempre voltando atrás-- sua intenção de assinar um acordo de transição.

"A iniciativa de Golfo e o comunicado da ONU são as bases para uma saída para a crise atual", admitiu Saleh, que até agora não assinou o documento, que seria a base para sua saída do poder.

A emissora pública do Iêmen divulgou neste domingo imagens nas quais Saleh conversa com John Brennan, conselheiro de Obama, num hospital militar em Riad.

O ditador recupera-se de graves queimaduras e outros ferimentos causados durante um ataque ao seu palácio sofrido no mês passado.

Brennan entregou a Saleh, 69 anos, durante longo tempo um aliado fundamental de Washington na luta contra o terrorismo, uma mensagem de Obama na qual o presidente dos Estados Unidos expressa sua satisfação pela sua recuperação, segundo informou o Ministério da Defesa iemenita.

Saleh, por sua vez, entregou uma carta a Brennan para Obama, na qual agradece ao presidente americano "por suas amáveis e sinceras atenções, e pelo apoio dos Estados Unidos à unidade, à segurança e à estabilidade do Iêmen".

O plano de saída da crise defendido pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) prevê que Saleh, no poder desde 1978, renuncie um mês depois de sua assinatura, em troca de uma imunidade para ele e seus aliados.

Na quinta-feira, o presidente iemenita apareceu pela primeira vez na televisão desde o atentado que o mantém hospitalizado há mais de um mês na Arábia Saudita, com o rosto queimado e as mãos e o peito enfaixados.

O atentado de 3 de junho foi realizado em um momento de auge da onda de protestos contra seu regime, iniciada em janeiro






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/84167/visualizar/