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Economia
Sábado - 28 de Setembro de 2013 às 12:14

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A juíza federal do Trabalho Substituta, Dayna Lannes Andrade, julgou como procedente uma ação que acusa o banco Itaú, em Cuiabá, de práticas de inibição do exercício grevista dos trabalhadores. Duas funcionárias de duas agências do Itaú, localizadas na Avenida Barão de Melgaço, em Cuiabá, resolveram acionar a Justiça por assédio moral após a adesão das funcionárias a greve de 2012. Segundo o advogado do Sindicato dos Bancários, Eduardo Alencar, a juíza considerou abusivas as práticas de inibição do exercício de greve.


 
Além das práticas de assédio, a juíza condenou também as empresas por má condição de trabalho. Na ação movida pelas funcionárias, consta que quando as agências passaram por uma reforma, não havia água para consumo e banheiro para uso.


 
“Posto isso, reputo configurada lesão a direito personalíssimo da trabalhadora, motivo pelo qual entendo devida a indenização por danos morais”, diz trecho da decisão. O Itaú foi condenado e deve pagar para cada funcionária R$ 80 mil.


 
A decisão proferida em agosto deste ano é equivalente a paralisação realizada pela categoria em 2012.


 
De acordo com o Sindicato dos Bancários, as práticas de assédio ainda estão acontecendo. As mais comuns são as ameaças de demissão. Os bancos usam uma espécie de ‘lista negra’ com os nomes dos funcionários que aderiram ao movimento para ameaçar salários e cargos.


 
“Mesmo com a greve, os bancos não diminuem as metas. Os gerentes ficam ligando para os grevistas, pressionando por resultados de produção. Não respeitam a adesão e ainda cobram por resultados”, conta Eduardo.


 
No décimo dia de paralisação nacional, a greve dos bancários fechou 18.586 agências e centros administrativos no país. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a greve já é a maior dos últimos anos.


 
CORREIOS – Funcionopários dos Correios também estão de braços cruzados. Cerca de 650 funcionários e 20 municípios do Estado já aderiram à greve. Alexandre Aragão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, informou que a greve deve continuar por tempo indeterminado, até que as reivindicações sejam atendidas, como o aumento real de 15% no salário, reposição das perdas salariais desde o plano real e que seja mantido o atual plano de saúde.


 
Porém, os Correios apresentaram uma proposta com o reajuste de 8% nos salários e 6,27% nos benefícios, bem como vale-extra de R$ 650,65 e vale-cultura, que foi recusado pela categoria.





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