Engenheiros Florestais antecipam comemorações de 12 de Julho
"Conservar e saber usar" é o lema de São João Gualberto, monge italiano que se dedicou ao cultivo de bosques florestais, nos anos 995. Por causa de sua história de amor às florestas e do senso de preservação, o santo foi proclamado protetor dos engenheiros florestais e a data de seu falecimento, 12 de julho de 1073, eleita o Dia do Engenheiro Florestal.
Em Mato Grosso, a comemoração ao 12 de Julho foi antecipada pela associação da categoria, a Amef-MT, que reuniu os profissionais no último dia 06, na sede da AMAM em Cuiabá. Três ex-presidentes da Amef compareceram: Francisco Alcântara (1994 a 1996), Lucineide Lago (1998 a 2002), Sandro Andriane (2003 a 2007) e o atual presidente Joaquim Paiva de Paula (2008 a 2010 e reeleito par ao triênio 2011 a 2013).
"Vejo que esse encontro de gerações de presidentes e de profissionais, demonstra que estamos engajados e unidos para defender a categoria. Neste ano e, nos demais subseqüentes a Amef espera que o dia do Engenheiro Florestal não fique marcado como o do triste cenário que chamou a atenção da população brasileira e mato-grossense em que nossos profissionais chegaram a ser presos acusados de fraude ambiental e exploração irregular", lembrou Paiva. Segundo ele, a diretoria da Amef, não acredita que esses engenheiros tenham de fato envolvimento e lamenta que a referida ação tenha interferido na imagem profissional diante da sociedade.
"Como em toda profissão, sabemos que na Engenharia Florestal existem uma totalidade de pessoas honestas e algumas que cometem desvios e temos que tomar cuidado para que o profissional sério e honesto não seja generalizado como fraudulento", ressaltou.
Em seu discurso Paiva enfatizou que a profissão precisa ser lembrada pela relação com a preservação do meio ambiente. "A profissão passou a existir no Sistema Confea/Crea, a partir da Lei Nº 4.643, decretada em 31 de maio de 1965, mas muito antes disso, em outros países a profissão já seguia seu curso. Hoje, além do Brasil que concentra 48 cursos superiores de Engenharia Florestal, o curso também existe no Canadá, México, Costa Rica, Chile, Argentina, Venezuela, Cuba e Colômbia".
Entre as funções exercidas pelo profissional está a administração dos recursos naturais, com a questão do aquecimento global e da rigorosa legislação ambiental que visa preservar e garantir a natureza; a busca de subsídios para que a sociedade possa usufruir dos produtos florestais de forma contínua e ambientalmente correta. "Além de laudos e documentos nós trabalhamos com a engenharia rural, o manejo de bacias, as atividades de produção de madeira e celulose, análise de ecossistemas, planejamento e exploração sustentável dos recursos naturais utilizando conhecimentos de biologia, arqueologia e de processos manufatureiros de produtos da floresta", enumerou Paiva.
Também compareceram à reunião a vice-presidente da Abenc e diretora administrativa do Crea-MT, Marciane Prevedello Curvo, o presidente da Fec-MT, Juares Silveira Samaniego, e, os engenheiros agrônomos Rubimar Barreto e João Valente. "A presença de profissionais de outras áreas demonstra a importância do trabalho desenvolvido pelo Crea em prol das modalidades que compõem o Sistema", afirmou Paiva.
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