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Enquanto o esquema nacional teria custado R$ 120 milhões ao governo federal, o mato-grossense resultou em um rombo de quase R$ 500 milhões
Desvio em Mato Grosso superou o Mensalão
O escândalo das cartas crédito, que desviou quase R$ 500 milhões dos cofres estaduais, supera em mais de 300% o valor desviado no então considerado maior escândalo de corrupção no país, o Mensalão.
Segundo os investigadores da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU), a compra de apoio de parlamentares na Câmara Federal teria custado R$ 120 milhões.
A comparação foi feita pelo delegado Fazendário, Carlos Cunha, que investigou a fraude mato-grossense. “Observamos a todos os instantes comentários do escândalo do Mensalão, mas se nós fizermos uma análise comparativa, o nosso escândalo [das cartas de crédito] ultrapassa em mais de 100% o dano que ocorreu em âmbito federal”, pontua.
O delegado Rogers Jarbas afirma que houve a construção de um grupo criminoso que envolveu várias autoridades estaduais, inclusive deputado e ex-membros do Poder Executivo.
Os ex-secretários estaduais de Fazenda Eder Moraes e Edmilson José dos Santos, o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) e outras 17 pessoas foram indiciados na conclusão do inquérito da Polícia Civil. São acusados de ter participado do esquema.
Conforme Jarbas, que também investigou o caso, parte dos pagamentos foi de forma legal, já que fazia parte de um acordo entre o governo do Estado e a categoria dos agentes fazendários.
Segundo os delegados, o problema aconteceu depois que membros do governo emitiram cartas de crédito com valores acima daquilo a que os agentes teriam direito.
Alguns envolvidos no esquema teriam chegado a ter até seis carros de luxo, com valores acima de R$ 300 mil cada. A vida “farta” não para por aí. Ainda segundo o delegado, até casa em praias conhecidas do Brasil foram adquiridas com o dinheiro desviado do governo de Mato Grosso. Ele cita como exemplo Jurerê Internacional.
O acordo que acabou sendo fraudado previa a emissão de duas cartas de crédito, mas foram emitidos sete documentos semelhantes aos agentes da administração fazendária.
O resultado da investigação conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública revelou que os agentes, maiores interessados no acordo celebrado, tinham conhecimento da emissão de apenas três destas certidões. Quatro delas foram retiradas por representantes legais da categoria, sem que esta soubesse.
Além disso, também foi constatado que as ações ilícitas tiveram aval da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), que não realizaram quaisquer conferências sobre as cartas emitidas.
A investigação foi encaminhada para o Ministério Público Estadual (MPE) nesta semana e está sob a responsabilidade da promotora Ana Cristina Bardusco, da Promotoria de Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária.
Segundo os investigadores da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU), a compra de apoio de parlamentares na Câmara Federal teria custado R$ 120 milhões.
A comparação foi feita pelo delegado Fazendário, Carlos Cunha, que investigou a fraude mato-grossense. “Observamos a todos os instantes comentários do escândalo do Mensalão, mas se nós fizermos uma análise comparativa, o nosso escândalo [das cartas de crédito] ultrapassa em mais de 100% o dano que ocorreu em âmbito federal”, pontua.
O delegado Rogers Jarbas afirma que houve a construção de um grupo criminoso que envolveu várias autoridades estaduais, inclusive deputado e ex-membros do Poder Executivo.
Os ex-secretários estaduais de Fazenda Eder Moraes e Edmilson José dos Santos, o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD) e outras 17 pessoas foram indiciados na conclusão do inquérito da Polícia Civil. São acusados de ter participado do esquema.
Conforme Jarbas, que também investigou o caso, parte dos pagamentos foi de forma legal, já que fazia parte de um acordo entre o governo do Estado e a categoria dos agentes fazendários.
Segundo os delegados, o problema aconteceu depois que membros do governo emitiram cartas de crédito com valores acima daquilo a que os agentes teriam direito.
Alguns envolvidos no esquema teriam chegado a ter até seis carros de luxo, com valores acima de R$ 300 mil cada. A vida “farta” não para por aí. Ainda segundo o delegado, até casa em praias conhecidas do Brasil foram adquiridas com o dinheiro desviado do governo de Mato Grosso. Ele cita como exemplo Jurerê Internacional.
O acordo que acabou sendo fraudado previa a emissão de duas cartas de crédito, mas foram emitidos sete documentos semelhantes aos agentes da administração fazendária.
O resultado da investigação conduzida pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública revelou que os agentes, maiores interessados no acordo celebrado, tinham conhecimento da emissão de apenas três destas certidões. Quatro delas foram retiradas por representantes legais da categoria, sem que esta soubesse.
Além disso, também foi constatado que as ações ilícitas tiveram aval da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), que não realizaram quaisquer conferências sobre as cartas emitidas.
A investigação foi encaminhada para o Ministério Público Estadual (MPE) nesta semana e está sob a responsabilidade da promotora Ana Cristina Bardusco, da Promotoria de Defesa da Administração Pública e Ordem Tributária.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/8437/visualizar/
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