Julgamento de Juca está adiado por 30 dias
A Comissão de Ética do PT de Rondonópolis (a 210 km de Cuiabá) prorrogou por mais 30 dias o processo disciplinar contra o ex-vereador Juca Lemos, acusado de infidelidade partidária por supostamente apoiar candidatos de outro partido na eleição passada de senador. Os processos viraram polêmica porque quase levaram à expulsão de outros correligionários, como a ex-senadora Serys Marli.
O relator do processo contra o ex-vereador, Djalma Cunha Martins, alega que o adiamento se deve à complexidade do processo. A denúncia de infidelidade partidária foi feita em 7 de maio e o caso deveria ter sido julgado em 2 meses, o que venceria nessa quinta-feira.
Juca nega a prática de infidelidade. Alega ainda que a denúncia é uma retaliação. Ele foi acusado de não apoiar o ex-deputado federal Carlos Abicalil na eleição de senador para apoiar informalmente concorrentes de outras siglas, como o senador eleito Pedro Taques (PDT).
Além do ex-vereador, a ex-senadora Serys Marli, o vereador por Cuiabá Lúdio Cabral, a ex-deputada estadual Vera Araújo, a candidata a deputada Juci da Eletronorte e a militante Eroísa Mello também foram acionados. De todos eles, apenas Serys teve suspenso o direito de votar nas questões internas por 4 meses, já que a direção nacional reviu grande parte das investigações feitas pelas comissões de ética do diretório municipal de Cuiabá e do diretório estadual. Juca ainda pode sofrer penalidades, como repreensão pública, advertência ou até mesmo expulsão.
A briga no PT começou depois que Abicalil venceu Serys na disputa para saber quem representaria a legenda na eleição de senador, já que o partido se coligou com o PR do senador eleito Blairo Maggi.
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