No entanto, o centro da capital da Malásia está isolado desde a noite de sexta-feira com centenas de policiais armados com material antidistúrbio e caminhões com canhões de água postados nas principais avenidas e praças.
"Não há razão alguma para proibir a manifestação. Nos concentraremos no estádio Merdeka. Não somos um grupo violento de forma alguma", indicou Andrew Khoo, membro do comitê do Bersih ("Limpo" em malaio). Khoo espera reunir cerca de 100 mil pessoas, mas a Polícia isolou a cidade e detém todos os que vestem camisetas amarelas, a cor do Bersih.
Na Malásia, as manifestações são ilegais se não contarem com a permissão das autoridades, o que raramente ocorre, sobretudo se o protesto for contra o Governo. Nas últimas semanas, a polícia deteve 150 ativistas do Bersih, dos quais 30 permanecem presos e 91 foram expulsos de Kuala Lumpur.
O sultão de Selangor, Sharafuddin Idris Shah, advertiu à população do perigo de participar da convocação, porque "este tipo de demonstração só acarreta problemas à população, altera a harmonia, ameaça a paz e arruína o bom nome do país".
A Malásia é governada pela mesma aliança de partidos desde a independência, em 1965, e o primeiro-ministro sempre foi da Organização Nacional para a Unidade Malaia (UNMO).
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