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Cidades/Geral
Sábado - 09 de Julho de 2011 às 07:09
Por: GUILHERME BLATT

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Cerca de 150 alunos do primeiro ciclo da escola municipal Air Ador, em Várzea Grande, ficaram sem aula na tarde de ontem. Aparecido Barradas, o proprietário do imóvel em que funcionam salas anexas ao colégio, fechou as portas por falta de pagamento da prefeitura. Ele diz que o prédio é arrendado pela administração municipal há seis meses, mas que até agora não recebeu nenhum aluguel.

O Air Ador é o único colégio público de educação infantil do bairro Ouro Verde. A prefeitura arrendou cinco salas da escola particular “Brincando com Lápis”, que pertence a Aparecido, para poder atender as crianças no período da tarde.

Os proprietários dizem que vêm negociando semanalmente com a prefeitura, mas nenhum acordo foi feito. Segundo a esposa de Aparecido, Gislene, a gota d’água ocorreu na quinta-feira, quando a prefeitura respondeu que o pagamento não seria realizado.

A assessoria da secretária de Educação de Várzea Grande, Zilda Leite, diz que, no caso, o pagamento não poderia ser feito no mesmo dia. Mas que a Secretaria promete acertar as contas até a próxima sexta-feira. Ela também pede paciência ao proprietário para que os problemas sejam resolvidos. Sua expectativa é que as aulas no Air Ador retornem já na segunda-feira.

Ela também esclarece que Zilda está no cargo há apenas 35 dias e que desde então tem encontrado uma série de problemas. A instabilidade política no município também atrapalharia. A Secretaria diz que, com muitos prefeitos, ocorreram poucas decisões.

Com as portas fechadas, os alunos do colégio ficaram parados na calçada com cartazes que pediam a volta das aulas. A coordenadora da instituição, Olga Marques, reclamou. “Muitos pais ficam nos cobrando. Temos 150 alunos e 12 funcionários aqui que vão ficar sem emprego se o colégio fechar”.

Os pais dos alunos também protestavam. Jandir Castilho, que tem uma filha matriculada no colégio, reclama. “Assim fica difícil, o colégio fechar logo no primeiro semestre. Nós pagamos nossos impostos e não temos dinheiro para procurar um colégio particular. O prefeito está ciente do nosso problema e não faz nada”. Arquimedes Dutra, que tem duas netas no Air Ador, também reclamou.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep), Gilmar Neves, diz que a utilização de salas anexas alugadas não é exclusividade de Várzea Grande. “Na própria rede estadual nós temos salas anexas”. Ele também diz que a situação do município é mais complicada. “Do ponto de vista da educação, nós temos todas as inseguranças possíveis”, referindo-se à troca de prefeitos, que impede que haja uma continuidade nas negociações. Segundo Gilmar, Várzea Grande também sofre por assumir mais alunos do que a sua capacidade permite, principalmente na educação infantil.





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