Planos de saúde ficarão mais caros
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou que as operadoras de planos de saúde particulares/familiares reajustem em até 7,69% o valor das mensalidades. Aumento anual pode ser cobrado a partir de agosto e cerca de 8 milhões de usuários no país pagarão mais pela assistência médica. Reajuste não é válido para planos empresariais, que representa 83% dos planos nacionais.
Nova taxa poderá ser cobrada desde o mês de aniversário do contrato do plano, ou seja, a partir do próximo mês os valores poderão ser repassados e, dependendo da data de vencimento do contrato, poderá ser retroativo por no máximo 4 meses. Por exemplo, se o plano foi firmado em maio, as mensalidades de agosto, setembro e outubro virão com o preço acrescido em 7,69% sobre o valor anterior, mais o mesmo índice que deixou de ser cobrado nos meses anteriores. Neste caso, em novembro a mensalidade passa ter a incidência de 7,69%, somente.
Para os consumidores, independentemente do índice autorizado, o encarecimento no valor das parcelas sempre pesa, como é caso da aposentada Maria Rita Leite Rodrigues, 55. Ela recebe um salário mínimo por mês (R$ 545), e paga R$ 300 no plano de saúde na categoria Enfermaria e co-participação, isto é, parte dos custos são repassados quando algum serviço é utilizado. "Eu não posso ficar sem porque tenho problemas de saúde e não tem como depender do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas o que recebo vai quase que integralmente para pagar o plano".
De acordo com o presidente da Unimed Cuiabá, João Bosco de Almeida Duarte, esta mudança interfere pouco porque somente 18% da carteira de clientes são particulares, o restante é empresarial. Também afirma que o aumento será repassado assim que a cooperativa receber o documento da ANS de autorização e que irá comunicar os clientes e repassar os valores.
Contratos firmados via empresas são reajustados a partir de negociações individuais com as operadores. Assim, cada empresa tem um índice diferente do outro. Aumento no preço do plano não significa maior repasse aos profissionais da saúde credenciados. De acordo como vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM/MT) Arlan de Azevedo Ferreira explica que inclusive esta é uma reivindicação da categoria, visto que nos últimos 5 anos houve um aumento de 140% para os usuários e de 80% nos honorários dos médicos. "Grande parte dos reajustes é com base na inclusão de mais exames complementares entre os serviços oferecidos, o que encarece os custos e precisa ser repassado aos clientes. Porém a diferença entre o que é acrescido aos profissionais é muito grande".
Poderão ser reajustados todos os planos individuais com ou sem odontologia contratados após 1º de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei nº 9.656/98.
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