A técnica de congelamento dos nervos surge como uma alternativa ao Botox, mas ainda são necessários mais estudos
Congelamento de rugas seria alternativa ao Botox; saiba mais
No filme Eternamente Jovem, Mel Gibson é um piloto que, após um acidente com sua noiva, aceita participar de uma experiência e ser congelado. O fato acontece em 1939 e o personagem acorda em 1992 exatamente com o mesmo rosto, sem nenhuma marquinha de envelhecimento a mais. Muito provavelmente, você está se perguntando o que a sinopse de um sucesso hollywoodiano tem a ver com uma a pele. Pois o congelamento pode ser a próxima arma na eterna batalha antirrugas.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, estudam uma nova técnica para inibir a contração dos músculos da face e promete ser uma alternativa à toxina botulínica. Batizada de crioneuromodulação, a novidade foi publicada no Health Day News, jornal científico norte-americano.
Segundo os médicos responsáveis pela pesquisa, “o tratamento consiste na introdução de pequenas agulhas no trajeto dos nervos que ativam os músculos, promovendo um congelamento local. Este músculo fica temporariamente relaxado impedindo que forme linhas e dobras na pele”. A aplicação de crioneuromodulação dura aproximadamente 15 minutos. Quando as agulhas são retiradas, o rosto volta à temperatura normal, mas o congelamento já havia garantido que a cútis permanecesse lisa, sem contrações.
Responsável pelos estudos, o cirurgião plástico Francis Palmer garante que os resultados iniciais são bastante promissores. “Este procedimento parece ter a mesma eficácia clínica e a segurança comparáveis às técnicas já existentes”, comenta. Assim como a toxina botulínica, a crioneuromodulação tem ação temporária, mas com um período menor: ela dura de três a quatro meses.
O médico brasileiro João Carlos Pereira, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da International Society Cosmetic Dermatology, comentou sobre a novidade: “É uma ideia interessante e que poderia ser uma alternativa à toxina botulínica, mas que ainda necessita de estudos mais consistentes para uso na prática”. Agora, é esperar para ver os novos resultados dos estudos.
Comentários