Entrega de energia pode atrasar
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, previu nesta quinta-feira (7) no Rio atrasos na entrega da energia que vier a ser adquirida nos leilões de compra marcados para agosto. Para o especialista, são muito curtos os prazos determinados para a entrega da energia obtida no leilão de novos empreendimentos (A-3), em 17 de agosto, e no leilão de reserva (LER), no dia seguinte.
O Ministério de Minas e Energia fixou em 1º de março de 2014 o início do suprimento da energia elétrica comprada no A-3. No caso do LER, os contratos firmados com os vencedores determinarão o início do suprimento no dia 1º de julho daquele ano. "A previsão do tempo entre as datas do leilão e da entrega da energia é insuficiente para a adequação do sistema de transmissão", alerta Chipp, para quem "dificilmente estes prazos serão atingidos".
"É apertado demais", acrescenta. O diretor-geral do ONS diz que um dos obstáculos ao cumprimento dos prazos é o licenciamento ambiental obrigatório, que, em média, demora 28 meses. Chipp cita como exemplo os empreendimentos previstos para a Região Norte. "A transmissão na Amazônia passa por áreas que têm implicações ambientais".
Entre as datas dos leilões e o início do suprimento da energia nova contratada ocorrem etapas que Chipp define como responsáveis pela "dificuldade de compatibilização entre os cronogramas de transmissão e geração". Essas etapas incluem a assinatura dos contratos de concessão, os licenciamentos ambientais, a implantação das obras e o comissionamento. Os atrasos não são inéditos no mercado de energia comercializada em leilões, lembra Chipp.
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