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Cidades/Geral
Sábado - 28 de Setembro de 2013 às 09:00
Por: Renê Dióz

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A Justiça de Mato Grosso determinou que pouco mais de R$ 30,3 mil de todo o patrimônio bloqueado da Telexfree em todo o país sejam reservados para o ressarcimento de um divulgador da empresa residente no estado. A decisão é da última quarta-feira (25) e beneficiou o advogado Thiago Arrais, de 30 anos de idade, que diz ter ingressado na empresa após se interessar pelos altos lucros obtidos por pessoas conhecidas mas que viu seu investimento em risco após as derrotas judiciais sofridas pela Telexfree.


 
A reportagem tentou contato com o advogado Danny Gomes, representante da Telexfree, para comentar o processo judicial em Cuiabá, mas ele não atendeu aos telefonemas nesta sexta-feira (27).


 
Esta não é a primeira vez que divulgadores de Mato Grosso obtêm decisão judicial contrária à Telexfree.


 
O primeiro caso foi de um divulgador de Rondonópolis, cidade a 218 km de Cuiabá, que conseguiu determinar a restituição de R$ 101 mil que ele havia investido. Situações similares têm ocorrido em todo o país.


 
Em Cuiabá, Arrais contou à reportagem que a decisão assinada nesta quarta-feira pelo juiz José Arimatéa Neves Costa, da 21ª Vara da Capital, é inédita dentre todas as que foram movidas até agora por divulgadores que se sentiram lesados após a empresa ser bloqueada por suspeita da prática de pirâmide financeira.


 
Ressarcimento


 
Em vez de simplesmente tentar um bloqueio de valores do patrimônio da empresa para ressarcimento imediato, Arrais relatou que seu pedido de antecipação de tutela visou reservar o valor em meio a todo o patrimônio da Telexfree já bloqueado por força de uma ação do Ministério Público do Acre.


 
Desta forma, explicou Arrais, quando se encerrar o processo no estado vizinho (que tem efeitos em todo o país), ele deverá estar entre os primeiros de uma lista de divulgadores a serem indenizados. O valor a ser reservado pela Justiça do Acre após o fim do processo é justamente o investimento feito por Arrais em junho acrescido de juros.


 
“Entrei porque vi que todo mundo estava ganhando dinheiro, recebendo certinho, sem atraso. Mas depois a empresa mudou o sistema de saque e logo foi bloqueada pela Justiça. Depois que eu vi que a Telexfree sofreu a décima quinta derrota [pedido de medida cautelar negado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília], decidi sair, garantir meu investimento", contou o divulgador.


 
Pirâmide


 
"Aconselho também a todos os divulgadores a entrar com essa mesma ação”, acrescentou, pontuando que mesmo após processar a Telexfree, ainda não ter certeza se o negócio da empresa consiste mesmo em uma pirâmide financeira - tal como acusa o Ministério Público.


 
“Se é uma pirâmide, eu não posso afirmar porque não sei como funcionava lá dentro”, alegou, lembrando que a informação obtida à época em que investiu na empresa era de que os rendimentos dos divulgadores era oriundo da valorização da marca no mercado e da venda de pacotes de serviço Voip (telefonia via internet), os quais ele nunca utilizou. “Esse Voip não me interessou, não. Nunca usei, nunca nem, testei para saber se funcionava ou não”.




Fonte: Do G1 MT

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