Menos de 60% das empresas do Refis negociam dívidas na 1ª etapa
Menos de 60% das empresas inscrita no Refis da Crise concluíram a renegociação de suas dívidas, de acordo com a Receita Federal.
A etapa para calcular os débitos e indicar o prazo de pagamento acabou no dia 30 de junho para 147 mil empresas que declaram Imposto de Renda com base no lucro presumido.
De acordo com o subsecretário de Arrecadação, Carlos Occaso, a Receita não dará mais tempo para essas empresas renegociarem as dívidas.
"Esperávamos uma participação maior. Não há nenhuma razão tecnológica, jurídica ou econômica para a reabertura de prazo", afirmou.
Desde ontem, a Receita abriu a segunda etapa de negociações, para as empresas que declaram Imposto de Renda pelo lucro real. São mais 212 mil contribuintes que têm até 29 de julho para renegociar R$ 117 bilhões em dívidas. Somente ontem, 10 mil empresas já participaram.
O Refis da Crise foi lançado em 2009 para permitir o parcelamento de dívidas contraídas até o ano anterior, quando o mundo foi vítima de uma crise econômica iniciada no sistema bancário norte-americano.
Quem optou pelo programa terá desconto de até 90% em multas e juros e poderá parcelar o pagamento em até seis meses. Os contribuintes que não concluíram a negociação terão agora a dívida inscrita na dívida ativa.
PESSOAS FÍSICAS
Para as pessoas físicas, por sua vez, a Receita reabrirá o prazo para calcular e parcelar os débitos de 10 a 31 de agosto. O limite era até maio, mas o órgão afirmou que muitos contribuintes podem não ter sido informados do prazo. Das 250 mil pessoas que optaram pelo Refis da crise, apenas 137 mil concluíram a negociação.
"Admitimos falha de comunicação com esse grupo. Avaliamos que a nossa comunicação não foi eficiente e vamos agora mandar uma correspondência direta para cada contribuinte", completa Occaso.
No início de junho, a Receita já havia informado que o prazo seria reaberto.
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