O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu nesta quinta-feira a abertura de um inquérito policial contra o humorista Rafinha Bastos, do programa CQC, acusado de incitação e apologia ao crime após supostas afirmações polêmicas durante seu espetáculo. Segundo o MP-SP, Rafinha disse, em apresentações no Clube da Comédia e em entrevista publicada na revista Rolling Stone, que o estupro é "uma oportunidade" para determinadas mulheres, sendo o estuprador alguém digno de "um abraço".
No ofício encaminhado ao delegado Carlos José Paschoal de Toledo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), a promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Capital, disse ser "imperiosa a instauração de inquérito policial para a apuração dos fatos" envolvendo as declarações do humorista. "O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado", diz a promotora.
A requisição de instauração de inquérito é resultado de representação feita à Promotoria de Justiça pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Thais Helena Costa Nader.
O Terra entrou em contato com a produção dos shows de Rafinha Bastos, mas até as 17h20 a assessoria do humorista não havia dado retorno.
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