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Sábado - 28 de Setembro de 2013 às 08:23
Por: THAISA PIMPÃO

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Especial para o Diário
Valtenir Pereira e Adalto de Freitas, o Daltinho, comandarão no Estado as duas novas legendas que já conseguiram aval do
Valtenir Pereira e Adalto de Freitas, o Daltinho, comandarão no Estado as duas novas legendas que já conseguiram aval do
A poucos dias do encerramento do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para registros de novos partidos, nove pedidos de criação de legendas em Mato Grosso ainda precisam de assinaturas para sair o papel. 


 
Nesta semana, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Partido Solidariedade deixaram esta lista. Conseguiram o aval da Justiça Eleitoral e poderão filiar membros para já disputar a eleição de 2014. 


 
Já o Rede Sustentabilidade, fundado pela ex-senadora Marina Silva, aguarda a recontagem das assinaturas por determinação do TSE, devido à divergência entre o número anunciado e o que foi entregue. 


 
Segundo analista político João Edisom de Souza, os pedidos de registros de agremiações representam o cenário “centralista” no qual estão ancoradas as ações políticas atualmente. “Os políticos querem ser donos dos partidos. Quando perdem espaço internamente, abandonam a legenda e decidem fundar outra”, avalia. 


 
Para ele, é imprescindível que haja uma reforma eleitoral para impedir a criação “desmedida” de agremiações, como define ocorrer nos dias de hoje. “É preciso acabar também com as coligações porque é onde se instaura uma verdadeira ‘feira de negócios’ com vendas de horários políticos e apoios”, opina. 


 
O deputado federal Valtenir Pereira, que anunciou a desfiliação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nesta semana, é um exemplo de político que alegou estar perdendo força para outras lideranças do partido. Ele deve ingressar no recém-criado Pros. 


 
O ex-socialista presidia comissão provisória do PSB em Mato Grosso e se dizia ameaçado pela demora na homologação do diretório estadual. Temia ser destituído do cargo. Também alegava estar perdendo a voz dentro da legenda, não estaria “sendo ouvido” pela Nacional. 


 
Outro parlamentar que abandonou sua sigla para se filiar a um novo partido foi o deputado estadual Adalto de Freitas, o Daltinho. Ele, no entanto, viveu um desgaste com o PMDB. Deve oficializar a adesão ao Partido Solidariedade (PS). 


 
O PS é ligado à força sindical e Daltinho se antecipa ao justificar que o fato de ser empresário não invalida sua ida ao partido, pois não representa incompatibilidade de ideologias. “Capital e trabalho, quando se unem, formam uma química poderosa. Devem andar juntos. O trabalho se transforma em riqueza”, disse. 


 
Antes da decisão do TSE, o ex-peemedebista chegou a cogitar a possibilidade de a criação da legenda em Mato Grosso esbarrar em obstáculos vindos de esferas superiores. “Existem forças ocultas do Judiciário, a favor do governo federal, que desejam impedir o surgimento de novos partidos”, disse. 


 
Indo de encontro ao “receio” do parlamentar, o Ministério Público Eleitoral solicitou, na segunda-feira (23), à Polícia Federal que seja aberto um inquérito para apurar a suspeita de crime eleitoral. Sustentou haver indícios de irregularidades na obtenção de assinaturas de apoio à criação do Partido Solidariedade. 


 
De acordo com a legislação, para disputar as eleições do ano que vem, os novos partidos precisam ser aprovados pelo TSE até o dia 5 de outubro, um ano antes do primeiro turno do próximo pleito. 


 
Os nove pedidos de criação de legendas que ainda lutam para alcançar a quantidade de assinaturas exigidas, ou seja, no mínimo 0,1% do total de eleitores que votaram na última eleição geral para a Câmara Federal são: Partido do Desenvolvimento Nacional (PDN), Partido Cristão Nacional (PCN), Partido Social (PS), Partido Liberal Cristão (PLC), Partido Militar Brasileiro (PMB), Partido da Mulher Brasileira (PMB), Partido do Meio Ambiente (PMA), Partido dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Brasil (PAI) e Rede Sustentabilidade.





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