Os investidores examinaram índices de mortalidade de 10 países da atual UE. Seis deles (Áustria, Reino Unido, Finlândia, Grécia, Irlanda e Holanda) já eram membros da UE em 2007 e os quatro restantes (República Tcheca, Hungria, Lituânia e Romênia) ingressaram posteriormente.
Em 2008, os suicídios de pessoas de menos de 65 anos nos seis países que já faziam parte da UE aumentou quase 7% em relação a 2007, indica o estudo.
O aumento foi particularmente forte na Grécia (17%) e Irlanda (13%), duas das economias mais afetadas pela crise.
Isso "comprova estudos históricos que mostram altas imediatas nos suicídios, associadas a indicadores prévios de crise, como a agitação no setor bancário, que se antecede ao desemprego", dizem os pesquisadores.
Nos quatro países que ingressaram na UE depois de 2004, o número de suicídios aumentou 1% em 2008, mas a alta acelerou-se em 2009, quando as perdas de postos de trabalho foram sentidas.
Este ano, o aumento relativo foi superior ao dos países já presentes na UE em 2004, que contam com um sistema de segurança social mais desenvolvido.
A taxa de desemprego nos 27 países da UE aumentou 2,6 pontos, ou seja, um aumento relativo de 35%, entre 2007 e 2009.
A mortalidade total manteve-se estável nos 10 países estudados, o que é o resultado de uma queda do número de acidentes de trânsito devido principalmente ao menor uso dos automóveis, como consequência da crise e do desemprego.
Por sua vez, isso produziu uma queda do número de órgãos disponíveis para transplantes, provenientes em muitos casos de pessoas que sofreram acidentes de trânsito, em países como Irlanda e Espanha, onde houve mais de 25% menos de mortes por esta causa.
Comentários