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Cidades/Geral
Quinta - 07 de Julho de 2011 às 11:34

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A onda de greves nos órgão públicos de Mato Grosso tem gerado inúmeros transtornos aos cidadãos. Segundo dados da Secretaria de Administração do Estado (SAD), há pelo menos 18 mil servidores em greve. E as atividades estão paralisadas total ou parcialmente nos mais diferentes órgãos da administração estadual.

Devido à greve, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) decidiu suspender todos os prazos dos processos administrativos que tramitam no órgão. Todo contribuinte que necessitar obter licenças ambientais, para propriedades rurais como também autorizações para desmate e manejo florestal, estão encontrando dificuldade. Ontem (6), a Justiça declarou ilegal a greve na pasta.

Segundo a portaria assinada pelo órgão, serão atendidos apenas os casos urgência, já que o efetivo trabalha com 30% do número de servidores, que realizam serviços administrativos. Na Sema, as atividades estão paralisadas desde o dia 21 de junho.

As reivindicações são por reajuste salarial: atualmente, o salário inicial de um servidor da Sema é de R$ 2,8 mil. Os grevistas querem que o valor chegue a R$ 6 mil para começar na carreira e cerca de R$ 11 mil para quem tem 30 anos de trabalho.

A greve no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), conforme o MidiaNews já divulgou, dá um prejuízo de pelo menos R$ 400 mil diários aos sofres públicos do Estado. Para o usuário que aguarda a tramitação de um processo no Departamento, a espera pode ser longa.

Já em dia normal de trabalho, os trâmites de processos chegam a 20 mil, após o início do movimento grevista, pelos menos três mil processos deixam de ser tramitados diariamente. A luta dos servidores é referente à reestruturação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).

O piso atual da categoria para ensino médio é de R$ 1.274; superior R$ 2.765 e auxiliar administrativo de R$ 694,65. Conforme os estudos os valores do rendimento mensal passariam, respectivamente, para R$ 2.736,08, R$ 4.352,25 e R$ 1.368,04.

Investigadores e escrivães da Polícia Civil também estão parados, como manda o regimento, os 30% do efetivo trabalham para o atendimento das unidades da Polícia Civil da Capital e do interior. Estão mantidos os serviços essenciais, como lavratura de flagrantes e condução de presos.

Já os casos que precisam de trabalho de investigação policial terão que esperar até que a greve acabe. Eles pedem um salário inicial de R$ 3.460,00.

Os últimos servidores a aderirem à greve foram os professores e técnicos administrativos efetivos das unidades da Escola Técnica Estadual (antigo Ceprotec), em Rondonópolis.

A greve foi deflagrada na última segunda (4). Entre as reivindicações dos grevistas estão à realização de um concurso público e um novo PCCS. Os servidores também buscam melhorias na qualidade de ensino, investimentos em infraestrutura, laboratórios e qualificação dos servidores.

De volta ao trabalho

A greve dos profissionais da Educação de Mato Grosso deixou mais de 445 mil alunos sem aulas. O movimento iniciou dia 06 de junho e os profissionais voltaram ao trabalho na terça-feira (5).

Os professores desafiaram a Justiça, que considerou a greve ilegal. Mesmo com ameaças de multa diárias de R$ 50 mil, a greve foi mantida por mais uma semana.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a entidade já recorreu da decisão.






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