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Nacional
Quinta - 07 de Julho de 2011 às 08:34
Por: Pablo Gomes

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Vani Boza / Agencia RBS
Torneiras ficam congeladas com o frio de Urupema
Torneiras ficam congeladas com o frio de Urupema

 

Ninguém gosta de ficar sem água em casa ou, pior, ver que o encanamento estourou. Isso ocorre geralmente quando a instalação hidráulica está velha ou é danificada por acidente ou vandalismo. Mas na Serra Catarinense, região mais fria do Brasil, este problema acontece naturalmente quando as temperaturas despencam e o mínimo de cuidado não é tomado.

Isso é comum principalmente nos municípios mais gelados, como Urupema e São Joaquim. Em dias de temperaturas muito baixas, como nesta quarta-feira, quando Urupema registrou -6,6ºC e São Joaquim -5,2ºC, é comum acontecer o congelamento da água dentro das tubulações e a quebra dos hidrômetros, pois como a água congelada ganha volume, os canos não resistem e acabam quebrando. O problema pode ocorrer tanto no hidrômetro que fica no pátio da residência como nos canos da caixa d"água e até na tubulação interna do imóvel.

Em Urupema, a Casan tinha por hábito, até alguns anos atrás, fechar a rede geral de abastecimento da cidade para evitar os congelamentos isolados. A medida, porém, gerava transtornos pelo fato de toda a população ficar sem água por mais de 12 horas consecutivas, já que a rede era fechada geralmente por volta das 18h e reaberta apenas no meio da manhã seguinte, quando o gelo já havia derretido.

O chefe da agência local da Casan, Sebastião Rodrigues, lembra que esta prática era arriscada também pelo risco de rompimento da rede geral, já que, para fechá-la, era preciso despressurizá-la e, ao ser ligada novamente, era necessário fazer nova pressurização. A rede ficava seca e gelada, e essa combinação poderia provocar o seu rompimento.

Só que mesmo sabendo disso, muitos moradores não seguem as orientações e acabam tendo prejuízos. Em Urupema existem 400 ligações para os 2,5 mil habitantes, e só nos últimos dias, pelo menos 10% dos registros quebraram pelo frio.

Na vizinha São Joaquim, são 5,3 mil ligações para 25 mil habitantes. O chefe da agência local da Casan, Luiz Carlos do Amaral, diz que, em condições normais de temperatura, o órgão conserta, em média, 230 vazamentos por mês, mas só nas duas últimas semanas o número chega a aproximadamente 300, tendo sido registrados até 120 casos em um único dia.

Assim, não há outra alternativa se não cada um cuidar do que é seu, como o vendedor Elias Machado, de 61 anos, que cobre o hidrômetro da sua casa, em Urupema, com uma caixa de madeira, o suficiente para garantir que ele nunca tenha tido problemas com congelamento.

A Casan orienta os moradores a adotarem medidas simples, mas eficazes, como cobrir os hidrômetros com pneus, caixas de madeira ou papelão ou protegê-los com panos ou jornais envoltos em sacos plásticos. Outra dica é fechar os registros no fim da tarde, esvaziar todas as torneiras e reabrir só no dia seguinte, após o degelo e com a temperatura mais alta. Não se recomenda jogar água quente nos canos congelados, pois o choque térmico pode quebrá-los.






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