Suspeitos teriam participado do assalto a duas agências bancárias e uma filial dos Correios em Vila Rica, interior de Mato Grosso
Mais sete integrantes presos no TO

A polícia prendeu mais sete suspeitos de integrar a quadrilha que praticou um assalto na modalidade “novo cangaço” na cidade de Vila Rica (1.259 km a nordeste de Cuiabá). Eles foram presos nas cidades de Palmas e Paraíso (TO). 

 

O grupo, formado por 15 pessoas, invadiu duas agência bancárias e um filial dos Correios no município. Em seguida, usou os clientes e moradores da cidade como escudo humano e fugiu. 

 

A prisão foi uma operação conjunta entre o Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de Mato Grosso e a Polícia Civil de Tocantins. Com o bando, foram apreendidos 16 veículos e também R$ 60 mil roubados durante o assalto. Os policiais localizaram também duas pistolas, dois revólveres e um carregador de fuzil. 

 

Os presos Francisco Evanaldo Gomes, Regis Wagnes Alves de Lima, Ivanildo Pereira Cavalcante, Wenias Wagner Rodrigues e Antonio Aparecido de Oliveira Ferreira tiveram mandados de prisão cumpridos, sendo quatro em Palmas e um em Paraíso do Tocantins. As ordens de prisão foram decretadas pela comarca de Vila Rica, em Mato Grosso. 

 

Outros dois suspeitos, Diego Rones Bezerra e Sanael Silva, foram presos em flagrante por porte de arma de fogo de uso proibido e posse de munição e carregador de uso restrito e será apurada a participação deles com a quadrilha. 

 

O preso Regis Wagnes Alves de Lima, além do mandado cumprido, foi autuado em flagrante por uso de documento falso. Ele se apresentou aos policiais com o nome Edson Soares da Siva, que usa desde o ano de 2012. Na casa dele a delegada do GCCO, Cleibe Aparecida de Paula, que acompanhou a operação em Palmas, apreendeu cédula de identidade, habilitação e até cartão de conta bancária, todos no nome falso. 

 

Entre os 16 veículos, estão dois caminhões, cinco motocicletas e um Toyota Corolla, sem placa, comprado anteontem, com dinheiro do assalto. Na lista estão também Honda Civic, um Golf, Celta e outras modelos populares. 

 

Segundo o delegado Flávio Stringueta, titular do GCCO, a prisão dos suspeitos reforça a suspeita de que a quadrilha tenha ramificação em Tocantins e no Pará, onde estaria o comando. 

 

A prisão dos sete ocorreu no dia seguinte ao encerramento das buscas na mata fechada próximo de Vila Rica. Nesses 17 dias de caça aos bandidos, dois morreram em confronto com PMs do Bope e dois foram preso e ainda foram recuperados R$ 15 mil. 

 

A estimativa é que R$ 500 mil foram roubados pelo bando. Uma equipe de policiais do Pará, que auxiliou nas buscas, também anunciou o término das ações anteontem. 

 

Antes da prisão desta sexta, os policiais chegaram até Francisco Antério Filho, de 60 anos, suspeito de ser o líder do núcleo do resgate da quadrilha. Ele foi localizado na cidade de Conceição do Araguaia, no Sul do Pará, após ter a prisão preventiva decretada. 

 

As investigações apontam que o suspeito esteve na cidade de Vila Rica dias antes do crime e no dia do roubo as agências bancárias, dando apoio logístico à fuga da quadrilha que é considerada uma das partes principais do esquema criminoso. “Ele mantinha contato com muitos integrantes da quadrilha, mesmo na mata, para saber onde estão”, afirmou o delegado. 

 

No dia 16, dois suspeitos morreram em tiroteio com policiais do Bope. Um deles Antônio Moura, 47 anos, apontado como chefe da quadrilha, e Cássio Almeida de Souza, 28 anos. O terceiro preso foi Bruno da Silva Aguiar. 

 

Moura era procurado pela Polícia do Rio Grande do Norte e também do Pará por assalto a banco. 

 

Na ocasião, com os bandidos foram recuperados R$ 15,6 mil, junto como um fuzil AK 47 calibre 762mm, além de uma pistola ponto 40 e um revólver calibre 38. Além das armas, os policiais apreenderam farta munição – cinco carregadores de fuzil, indicando que os criminosos estivessem fortemente armados. Dois bandidos conseguiram escapar ao cerco.