Dólar atinge R$ 1,57 no fechamento; Bolsa cai 0,6%
A taxa de câmbio doméstica voltou a subir, rondando a casa de R$ 1,57, na jornada desta quarta-feira.
Analistas do mercado de moeda notam que o cenário externo ainda continua como fonte de preocupações.
Apesar do "alívio" com o drama grego, quando ficou mais claro que o país terá acesso a recursos financeiros a tempo de evitar um "default" (suspensão de pagamentos), a crise europeia continua no radar.
O rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) de Portugal somente foi um lembrança para os mercados dos problemas que o velho continente ainda enfrenta, para o qual não há remédios indolores nem de efeito rápido.
Mas operadores também lembram que os seis dias de queda consecutivas também podem ter estimulado a demanda por dólar
"Para quem precisa fazer remessas ao exterior, os preços ficaram realmente atrativos. E se nós lembrarmos que a Bolsa subiu também por uns seis dias. Quem ganhou nesse período, pode ter optado por isso", comenta Marcos Trabold, da mesa de operações da B&T Corretora.
O dólar comercial foi cotado por R$ 1,570, em alta de 0,38%. O dólar turismo foi vendido por R$ 1,670 e comprado por R$ 1,510 nas casas de câmbio paulistas.
Ainda operando, a Bovespa cede 0,61%, aos 62.656 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,10 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 0,33%.
Outra informação que chamou a atenção dos analistas foram os números do Banco Central, a respeito do fluxo de câmbio para o país.
A entrada de dólares no país caiu 88% no segundo trimestre em relação ao verificado nos três primeiros meses do ano.
O que não mudou, no entanto, o fato de que houve uma "enxurrada de dólares" na comparação com o ano passado.
No primeiro semestre, entraram no país US$ 39,8 bilhões, 63,6% acima do verificado em todo o ano de 2010. Em relação ao primeiro semestre do ano passado, houve um crescimento de 1.084%, quando foi contabilizada a entrada de US$ 3,363 bilhões no país.
JUROS FUTUROS
As taxas projetadas no mercado futuro da BM&F cederam nos contratos de prazo mais longo, e subiram nos vencimentos mais curtos.
No contrato para agosto de 2011, a taxa prevista avançou de 12,22% ao ano para 12,24%. No contrato para janeiro de 2012, a taxa projetada recuou de 12,47% para 12,46%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista cedeu de 12,67% para 12,65%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.
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