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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 06 de Julho de 2011 às 16:38

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Com um estoque atual de 3.479 inquéritos sem solução, instaurados até dezembro de 2007, instituições que atuam na área de segurança pública em Mato Grosso estão participando, nesta quarta-feira (06.07), de um workshop em busca de alternativas para solucionar o problema. O evento está ocorrendo no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça e tem como base as metas estabelecidas pela Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp).

O workshop conta com a participação de procuradores e promotores de Justiça, juízes, secretário de Estado, delegados de polícia e advogados. A coordenadora do grupo de Persecução Penal da Enasp e conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público, Thais Schilling Ferraz; o juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, Fabrício Dornas Carata; e a promotora de Justiça do estado da Bahia, Ana Rita Nascimento, também estão participando da discussão.

Na abertura do evento, o procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, ressaltou a importância das instituições que atuam na segurança pública trabalharem de forma integrada. “Nenhuma instituição tem condições de resolver os problemas sozinha. Sabemos que existem dificuldades estruturais, mas o gestor deve ter em mente o que pode ser feito para melhorar e garantir efetividade, mesmo com a estrutura atual”, afirmou Ferra.

O corregedor-geral do Ministério Público, procurador de Justiça Mauro Viveiros, enfatizou a complexidade da problemática e destacou que o cumprimento das metas da Enasp exige uma atuação baseada em uma metodologia diferenciada. “Temos que surpreender a criminalidade em sua origem. Para isso, necessitamos da definição de um plano de ação conjunto que contemple a mudança de mentalidade e quebra de paradigma”, disse.

Para o secretário de Estado de Justiça , Paulo Lessa, a criação de mecanismos de interligação entre as instituições é fundamental para assegurar a articulação do Estado no combate à criminalidade. Lembrou ainda que investimentos na área de segurança pública também devem ser direcionados aos sistema prisional. “Todo mundo está preocupado com o combate, mas precisamos cuidar do produto da segurança pública, um ser humano que precisa ser ressocializado”, frisou.

A coordenadora do grupo da Persecução Penal da Enasp, conselheira do CNMP Thais Schilling Ferraz, afirmou que a quantidade de inquéritos sem solução, não é uma particularidade de Mato Grosso. Em todo o Brasil, existem 152 mil inquéritos nessas condições. “O importante é que, em Mato Grosso, as instituições estão empenhadas em encontrar alternativas para solucionar o problema. Não estamos atrás de culpados, pois todos tem a sua parcela de responsabilidade”, disse.






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