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Cidades/Geral
Quarta - 06 de Julho de 2011 às 14:15

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Os estudantes de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entregam nesta quarta-feira, 6, documento contendo denúncia sobre problemas enfrentados pelos alunos à Procuradoria da República. Paralisados a mais de 30 dias, cerca de 200 acadêmicos exigem a aplicação correta do curso conforme preconizam os Planos de Ensino e o Projeto Político-Pedagógico.

A denúncia foi formulada pelos alunos, com o apoio da assessoria jurídica do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT). Nela constam dificuldades apresentadas desde o ano de 1997 e que não foram solucionadas até hoje, como ampliação do Hospital Universitário e das salas de aula. O documento apresenta também um histórico de todas as tentativas, por parte dos alunos, em busca de melhorias e aponta todas as deficiências da Faculdade de Medicina que é considerada a melhor do país.

Na avaliação do presidente do Sindimed-MT, Edinaldo Lemos, é um absurdo a Universidade ter aberto novas vagas para o curso de medicina em 2009, sem dar nenhuma contrapartida aos alunos. A estrutura continua a mesma. O Hospital Universitário Julio Müller continua com os mesmos 90 leitos, enquanto que o ideal seriam 250. “O Sindicato apóia a iniciativa dos alunos, que nada mais querem do que um ensino de qualidade”, pontuou.

Os alunos explicam que o atual sistema de ensino foi aprovado com base em um projeto de expansão que nunca saiu do papel. O projeto garantia contratação de mais professores e técnicos de nível superior e médio, reforma e construção de salas de aula e construção de novo Hospital Universitário.
Sem a estrutura adequada, uma série de conteúdos práticos e teóricos não está sendo ministrada ou não apresenta a carga horária obrigatória. Das disciplinas mais comprometidas, estão Clínica Cirúrgica, Saúde da Mulher, Saúde da Criança, Patologia, Semiologia e Interação Comunitária. Na documentação, também há as exigências mínimas para o retorno às aulas.

Desde 2009, as turmas apresentam dossiês com os problemas à coordenação. A decisão de paralisar foi tomada porque nunca houve resposta por parte da Faculdade. Reuniões estão sendo realizadas desde então e os alunos esperam posicionamento do curso.
Mobilização

Os alunos se reunirão na Praça Santos Dummont, nesta quarta-feira, a partir das 14h, onde farão panfletagem com explicações da greve. Às 15h, protocolarão a denúncia na Procuradoria do Ministério Público Federal. Esse movimento contará com a presença de representantes e entidades que apóiam a causa, entre eles, União dos Estudantes, Sindicado dos Médicos de Mato Grosso e Centros Acadêmicos.






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