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Politica MT
Quarta - 06 de Julho de 2011 às 06:23
Por: HUMBERTO FREDERICO

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A morte do ex-governador Dante de Oliveira há cinco anos - completados hoje - deixou uma lacuna na política mato-grossense. Ele partiu alimentado o sonho de voltar à vida pública quatro após ser derrotado na disputa para o Senado Federal em uma eleição atípica no Estado.

Dante de Oliveira, marco de uma geração de políticos de Mato Grosso, morreu às 22h do dia 6 de julho de 2006, ano em que tentava uma vaga na Câmara Federal. Dante foi o último político do Estado a ocupar o cargo de ministro de Estado. No governo José Sarney, ele renunciou a prefeitura de Cuiabá para ser ministro da Reforma Agrária.

Até hoje, seis anos após a sua morte, Dante é o político mato-grossense mais reconhecido fora do Estado. Sem mandato, o ex-governador morreu quatro anos após o seu grupo político perder o poder no Estado para o então novato na política, o empresário Blairo Maggi, eleito governador.

No dia 6 de julho, o ex-governador acordou com febre, devido a uma pneumonia contraída dois dias antes e chegou ao hospital Jardim Cuiabá às 9h, andando e conversando com as pessoas.

Às 16h10, a equipe médica divulgou um boletim médico anunciando que ele tinha sido internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) "em estado muito grave com um quadro de infecção generalizada e diabetes descompensado".

Sedado, Dante estava com respiração artificial sob ventilação mecânica com altas concentrações de oxigênio. Segundo o boletim, a pressão arterial e o ritmo cardíaco eram sustentados à custa de altas doses de medicamentos.

Às 22h, aos 54 anos, o ex-governador Dante de Oliveira não resistiu ao ataque das diabetes e com uma infecção generalizada faleceu. Dante era casado com a ex-deputada federal Thelma de Oliveira, que na época exercia o mandato. Não deixou filhos.

“Foi uma coisa difícil de acreditar. Chegamos juntos ao hospital, ele andando, conversou com as pessoas. Mas o sistema imunológico dele sempre foi muito frágil e chegou um momento que ele não respondia mais aos medicamentos”, disse Thelma, emocionada.

Após o falecimento do ex-governador, o PSDB, partido ao qual ele era filiado, entrou em decadência. Em 2002, ano em que Dante perdeu a eleição para senador, e Antero Paes de Barros, também do PSDB, perdeu ao Governo do Estado, os tucanos conseguiram eleger sete deputados estaduais e três deputados federais.

Em 2006, meses após o falecimento do ex-governador, o PSDB elegeu apenas dois deputados estaduais e uma deputada federal, a própria Thelma. No ano passado, o resultado foi ainda pior, pois os tucanos elegeram apenas um deputado estadual, Guilherme Maluf, e um deputado federal, Nilson Leitão, que preside o partido no Estado.

“Após a morte do Dante, muitas pessoas que o enxergavam como liderança deixaram o partido com mandato, pois a lei da infidelidade partidária não existia ainda. Nossa missão agora reestruturar a sigla, e já começamos a fazer isso montando Comissões Provisórias em quase todas as cidades de Mato Grosso”, disse Leitão.

Daqui para frente, a suplente de deputada Thelma garante não estar pensando em política. Por enquanto, ela tem a missão de organizar todos os arquivos do ex-governador para construir em breve um memorial em homenagem a ele com fotos e vídeos.

Desde o dia 1º de julho o Instituto Dante de Oliveira está fazendo uma série de eventos em homenagem a ele. Hoje, na Assembleia Legislativa, uma sessão solene marcará o aniversário de cinco anos da sua morte. Em seguida o governador em exercício Chico Daltro (PP) vai assinar um Termo de Cooperação Técnica e Científica entre UFMT e Instituto Dante de Oliveira para a construção do memorial.

Às 18h30, na Igreja Catedral Metropolitana de Cuiabá e na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Várzea Grande, serão realizadas missas.





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