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Internacional
Terça - 05 de Julho de 2011 às 09:47

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O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, deixa sua casa nesta terça-feira (5).
O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, deixa sua casa nesta terça-feira (5).

O ministro da Saúde da Índia, Ghulam Nabi Azad, gerou uma polêmica no país após ter dito, em uma conferência sobre a Aids, que o homossexualismo é uma "doença" que atinge cada vez mais pessoas. Ativistas disseram que as declarações são um atraso e prejudicam o debate no país.

"A doença dos homens que praticam sexo com outros homens é antinatural e não é boa para a Índia. Não somos capazes de identificar onde está ocorrendo", disse Azad nesta segunda-feira (4).

"É fácil encontrar as trabalhadoras do sexo e conscientizá-las sobre o sexo seguro, mas é um desafio encontrar os homossexuais", acrescentou Azad, em declarações publicadas nesta terça-feira pela agência indiana Ians.

Até 2009, o homossexualismo podia ser punido com até dez anos de prisão. Apesar de não existir mais esta lei, grande parte da sociedade continua alimentando preconceitos e discriminando este coletivo.

"É surpreendente que o ministro da Saúde deste país faça um comentário assim", declarou à Ians o ativista Mohnish Malhotra, um dos organizadores do "Dia do Orgulho Gay" na Índia.

Há na Índia cerca de 2,5 milhões de pessoas contaminadas pela Aids.

A conferência na qual Azad deu as polêmicas declarações teve a presença do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e da líder do governamental Partido do Congresso, Sonia Gandhi.

Gays e simpatizantes celebram  o aniversário da descriminalização do homossexualismo na índia em Nova Délhi neste sábado (2) (Foto: AP)

Gays e simpatizantes celebram o aniversário da descriminalização do homossexualismo na índia em Nova Délhi neste sábado (2) (Foto: AP)





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