Sting cancela show para defender direitos de trabalhadores
O cantor britânico Sting cancelou o show previsto para esta segunda-feira na capital do Cazaquistão, Astana, após ser informado pela Anistia Internacional (AI) sobre o abuso dos direitos dos trabalhadores da indústria petrolífera do país centro-asiático.
"As greves de fome, os trabalhadores presos e dezenas de milhares em greve representam um piquete virtual que não tenho intenção de romper", afirmou o ex-vocalista do lendário grupo britânico The Police em seu site.
Em maio, centenas de trabalhadores da petrolífera OzenMunaiGaz reuniram-se na cidade de Aktau, às margens do mar Cáspio, para protestar contra os cortes dos salários.
Alguns deles foram detidos e demitidos após o bloqueio de estradas locais em sinal de protesto, informa a agência "RIA Novosti".
Em 2009, Sting foi criticado por apresentar-se no Uzbequistão, considerado pela AI como o estado que mais reprime os direitos humanos entre os países da antiga União Soviética.
AI anunciou que, se ele não cancelasse esse show, Sting teria contradito tudo o que apoiou ao longo dos últimos 40 anos como defensor dos direitos humanos.
Os organizadores do concerto já se comprometeram a devolver o dinheiro arrecadado com a venda de 5 mil ingressos, alguns a US$ 690.
O show previsto para esta segunda-feira faz parte da turnê Symphonicity, na qual o cantor repassa grandes sucessos das últimas três décadas adaptados à sinfônica
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