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Internacional
Domingo - 03 de Julho de 2011 às 16:58

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Cerca de 100.000 pessoas acompanharam durante quatro dias o Festival de Roskilde, que termina neste domingo (3), na Dinamarca.

O maior evento de música do norte da Europa acontece desde 1971 em Roskilde, cidade próxima à capital dinamarquesa Copenhague. Ficou famoso com a participação do Bob Marley em 1978 e ajudou a lançar o U2 ao mundo em 1982.

Nesse ano, 170 bandas da Europa, América e África se dividiram em seis palcos com plateias lotadas. Os destaques foram as bandas Iron Maiden, Portishead e The Strokes. Mas o festival também libera espaço para os iniciantes, boa parte deles da própria Dinamarca, como o Messy Shelters e o Brother Grimm.

A organização do evento ainda não fez as contas, mas acredita que os 75.000 ingressos tenham sido vendidos. O preço médio do ingresso é cerca de R$ 450.

Além dos pagantes, Roskilde também reuniu outros 25.000 voluntários, que trocaram 24 horas de trabalho, em três turnos de oito horas, pelo ingresso gratuito. Em média, apenas 65% dos participantes são da Dinamarca. Os demais vêm dos vizinhos Suécia e Noruega (25%) e de outros países (10%).

PEGADA AMBIENTAL

Como não poderia deixar de ser, já que acontece na Dinamarca, um dos principais países "verdes" do mundo, Roskilde também tem um forte lado ambiental.

"O festival sempre foi um espaço hippie e tinha uma preocupação ambiental desde o início. Mas agora estamos totalmente focados nisso", diz Esben Danielsen, diretor de desenvolvimento do Grupo Roskilde, que organiza o evento.

"Nas duas primeiras décadas, a proposta do festival era minimizar os impactos ambientais causados pelo próprio evento. Agora estamos indo além das fronteiras do festival", completa Danielsen.

Roskilde acabou se tornando um espaço de experimentação de iniciativas ambientais de empresas dinamarquesas e até de cientistas. O Laboratório Nacional para Energia Sustentável "Risø", que fica na própria cidade de Roskilde e recebe cerca de R$ 600 milhões por ano do governo para estudar novas formas de produção de energia, por exemplo, sempre participa do evento com alguma ideia.

Há dois anos, em uma de suas mais conhecidas experimentações, os pesquisadores do Risø testaram uma espécie de Ipod com um boné acoplado, movido a energia solar. No caso, o painel solar ficava na parte de cima do boné. Claro, dificilmente um produto desses entraria no mercado. Mas fez graça no festival.

Neste ano, uma das propostas "verdes" do Roskilde foi gerar energia a partir de uma espécie de bicicleta ergométrica. Os participantes que estavam acampados quisessem recarregar seus celulares tiveram de pedalar.

O evento também tem um traço forte social: parte do lucro do festival é revertido pelo Grupo Roskilde em doações. De acordo com a assessoria de imprensa do evento, cerca de R$ 40 milhões foram doados para caridade nos últimos anos. Em 2009, R$ 80 milhões foram para Malawi, na África --a maior doação já feita pelo evento desde a sua criação.






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