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Nacional
Domingo - 03 de Julho de 2011 às 15:14

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Os médicos de São Paulo tomaram importante decisão em assembleia estadual realizada na sexta-feira (01) pela Associação Paulista de Medicina, Cremesp, Sindicatos, Academia e sociedades de especialidades. Mais de 500 profissionais lotaram as dependências da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas e, por unanimidade, decidiram suspender o atendimento a dez planos de saúde. Veja lista abaixo. 

A decisão ocorreu depois de inúmeras tentativas frustradas de negociação por parte das entidades médicas. Sem qualquer resposta destas empresas, não restou alternativa, senão registrar em atos a indignação com os honorários aviltantes praticados na saúde suplementar e com as interferências abusivas, que ameaçam a prática segura da medicina e colocam em risco os pacientes.

A suspensão do atendimento se dará inicialmente no esquema de rodízio sequencial de especialidades médicas. Traduzindo: na primeira semana, parará uma especialidade por três dias - Cardiologia, por exemplo; na segunda, outra especialidade; na terceira, mais uma; e assim por diante. São 53 especialidades médicas, o que significa que, se necessário for, não haverá atendimento aos dez planos escolhidos seguidamente por tempo indeterminado, no mínimo um ano inteiro. Entretanto, os médicos permanecem abertos à negociação.

Uma comissão estadual permanente de organização do movimento, criada na assembleia estadual de 30 de junho, organizará, em conjunto com as especialidades médicas, o calendário completo do rodízio das paralisações, assim como definirá a data de início de tais interrupções. Todos esses detalhes serão divulgados dentro de aproximadamente 30 dias em coletiva à imprensa.

Haverá tempo hábil para que as consultas eletivas sejam remarcadas para outras datas, precaução que visa preservar os pacientes, razão maior da medicina. As urgências e emergências não sofrerão interrupção em qualquer momento.

Pauta

A pauta do movimento estadual consiste em recomposição do valor da consulta para R$ 80,00 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), além de regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais.

Outro pleito essencial para o movimento é o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, de internações e de outros procedimentos, interferências inaceitáveis que colocam em risco a saúde dos cidadãos.
 
 
 
Empresas que não enviaram propostas e terão atendimento suspenso
 
Medicina de grupo
Gama Saúde
Green Line
Intermédica
 
Autogestões
ABET (Telefônica)
Caixa Econômica Federal
Cassi (Banco do Brasil)
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)
Embratel
 
Seguradoras
Notredame
Porto Seguro






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