Dirigentes palestinos lamentaram o posicionamento da Grécia, Estados Unidos, Rússia e da União Europeia sobre a flotilha internacional para Gaza, reiterando sua oposição ao bloqueio israelense no território.
"Lamentamos a posição da Grécia, que cedeu à pressão internacional para impedir a saída da "Flotilha da liberdade"", declarou o chanceler do movimento radical Hamas, Mohamed Awad, que controla a Faixa de Gaza. A Guarda Costeira grega impediu no sábado, pelo segundo dia consecutivo, a saída dos portos gregos dos barcos da flotilha, cuyos membros afirmam querer levar ajuda humanitária à faixa de Gaza, após o bloqueio israelense.
"Pedimos aos gregos que autorizem os barcos a zarpar", disse numa coletiva de imprensa no porto de Gaza o ministro das Relações Exteriores do movimento que controla o território palestino. Por sua vez, o negociador da Autoridade Palestina Saeb Erakat criticou a posição do Quarteto Internacional para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU), que no sábado pediu a "todos os governos que participam do tema" que usem sua influência para evitar o bloqueio de qualquer nova flotilha.
"É preciso pôr um fim imediatamente no bloqueio de Gaza. Atenuar não basta. É a única mensagem apropriada e aceitável", opinou Erakat. "Propomos ao Quarteto que se concentre na raiz do conflito, ou seja, a ocupação (israelense), ao invés de buscar uma maneira para lidar com os sintomas prejudiciais", afirmou num comunicado.
Militantes pró-palestina de 22 países afirmaram no fim de junho querer zarpar rumo a Gaza com ajuda humanitária a bordo de uma flotilha uma dezena de barcos. Na primeira flotilha desse tipo, em maio de 2010, morreram nove turcos após a abordagem da Marinha israelense contra um dos barcos
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