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Internacional
Domingo - 03 de Julho de 2011 às 08:17

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O líder do grupo militante e político xiita Hizbollah, Hassan Nasrallah, rejeitou as acusações de quatro membros do grupo pelo assassinato do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri, em 2005.

Em um discurso transmitido pela televisão no sábado (02), Nasrallah disse que nenhuma autoridade conseguiria prender os "nobres irmãos", cujas identidades não foram divulgadas.

O pronunciamento foi a primeira reação de Nasrallah às acusações feitas na última quinta-feira pelo Tribunal Especial para o Líbano, sediado em Haia (Holanda) e endossado pelo Conselho de Segurança da ONU.

O grupo xiita já havia criticado o tribunal diversas vezes e prometido retaliações.

O primeiro-ministro Rafik Hariri e outras 22 pessoas foram mortas em fevereiro de 2005 no centro da capital, Beirute, quando uma bomba foi detonada durante a passagem de sua comitiva.

No Líbano, Hariri é considerado o responsável pela recuperação econômica do país após a guerra civil, que durou 15 anos. Sua morte dividiu o país.

"CONSPIRAÇÃO ISRAELENSE"

Em seu discurso neste sábado, Nasrallah rejeitou "toda e qualquer acusação vazia" feita pelo tribunal especial, dizendo que elas equivalem a um ataque ao Hizbollah.

Ele disse ainda que os quatro membros do grupo são irmãos "que tem uma história honrada na resistência à ocupação israelense" e afirmou que o tribunal é parcial e faz parte de uma conspiração israelense.

Na última quinta-feira, o procurador-geral do Líbano, Saeed Mirza, disse ter recebido as quatro acusações e ordens de prisão de uma delegação do tribunal em Beirute.

Horas depois, o Tribunal Especial para o Líbano confirmou as acusações, afirmando que o juiz "está satisfeito de que haja evidências suficientes para levar o caso a julgamento".

O tribunal anunciou ainda que não revelaria as identidades dos acusados.

O filho de Hariri e ex-primeiro-ministro, Saad, comemorou as acusações e disse que é um "momento histórico" para o Líbano.






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