Um bueiro da Light pegou fogo na Rua Debret, no Centro. Bombeiros, funcionários da empresa de energia elétrica e da CET Rio estão no local. O trânsito está interrompido para veículos e pedestres.
Nesta sexta-feira, um bueiro soltou fumaça na Rua México, esquina com a Rua Nilo Peçanha, também no Centro. A Light informou que foi detectada a presença de água na galeria, o que provocaria a saída de vapor. Os bombeiros não precisaram ser acionados.
Uma reunião foi realizada nesta sexta-feira entre o titular da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital, Promotor de Justiça Rodrigo Terra, e representantes da Light para finalizar a redação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a previsão de uma multa para cada bueiro que explodir.
De acordo com o promotor, se a concessionária não aceitar a sanção econômica prevista no termo, o MP vai requerer ao Poder Judiciário que a empresa seja multada em R$ 1 milhão em cada nova explosão.
O TAC prevê ainda que a Light deva se comprometer a reformar quatro mil câmaras subterrâneas nos próximos dois anos, com monitoramento centralizado e o uso de sensores eletrônicos de gás, de água e de presença humana para prevenir novos acidentes.
Problemas não param
Nesta quinta-feira, três dias após a explosão de mais um bueiro, no Flamengo, o presidente da Light, Jerson Kelman, afirmou que a empresa está reformando todo o sistema subterrâneo e pretende resolver o problema até o fim do ano. "Não tem como resolver rapidamente porque a reforma é extensa. Vamos trocar as caixas de junção, que são muito antigas, e pretendemos estar com tudo resolvido até o final do ano", disse.
Kelman também afirmou estar intrigado com as explosões, já que, segundo ele, o investimento no sistema subterrâneo nunca foi tão alto. "A Light investiu R$ 81 milhões só neste setor, sendo maior investimento já feito", contou.
Casos semelhantes ao que ocorreu na última terça-feira têm assustado a população. Um bueiro explodiu na esquina a rua Constante Ramos com a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, em Copacabana.
No dia 19 de junho deste ano, um bueiro explodiu na Rua Conde de Bonfim, na Tijuca. O acidente deixou ferido Haendel Melo de Albuquerque, de 39 anos, técnico da Light. Ele trabalhava na rede subterrânea e ficou com 46% do corpo queimado após sofrer queimaduras de segundo grau, principalmente braços e tórax.
Em 23 de maio, na Rua do Riachuelo, Centro do Rio, um expeliu uma fumaça negra antes de explodiu. No dia 4 de março, também na Tijuca, a tampa de um bueiro atingiu o tanque de combustível de um ônibus que passava pela Rua Haddock Lobo.
Um bueiro também explodiu na Avenida Presidente Vargas no dia 22 de fevereiro. Três prédios ficaram sem energia elétrica, inclusive o do Detran.
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