A Delegacia de Crimes Ambientais investiga se a prefeitura de São Paulo comete maus-tratos contra cerca de 130 cães que vivem isolados no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Os animais, em sua maioria da raça pit bull e classificados como agressivos, ocupam celas individuais. Uma perita judicial avaliou a falta de espaço e o ambiente escuro como prejudiciais à saúde física e emocional dos cães. Responsável pelo CCZ, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que está resolvendo os problemas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
O inquérito teve início com um pedido do promotor José Romão de Siqueira Neto, da 1ª Promotoria Criminal de Santana, com base no laudo da bióloga e perita criminal Andréa Filomena Freixeda, que avaliou as instalações do canil em outubro de 2010. No documento, a bióloga conclui que "a caracterização de maus-tratos é visível". A perita aponta que, além de o tamanho das celas ser insuficiente (1 m por 1,10 m), a disposição das baias, uma de frente para a outra, provoca condição de "estresse e cruel agressão mental". A secretaria argumenta que 14 canis já foram ampliados para 1,60 m por 1,10 m. "A prefeitura fez algumas coisas, mas a maioria dos cães está lá batendo a cabeça nas grades de desespero", diz a advogada Denise Valente, integrante da Comissão de proteção Animal (CPA).
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