Nos atos, trabalhadores da rede estadual de ensino reafirmaram a greve
Municípios protestam contra Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo
Os trabalhadores da rede estadual de ensino de Mirassol D’Oeste, Cáceres, Curvelândia, Araputanga e Reserva do Cabaçal realizaram ato público nesta quinta-feira (30/06), em São José dos Quatro Marcos, a 343 km de Cuiabá. Também houve manifestação em Alta Floresta, a 800 km da Capital, com cerca de 200 participantes. A categoria protestou contra o governo de Mato Grosso, os deputados estaduais e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e reafirmou o movimento grevista.
Após percorrerem algumas ruas e visitar escolas em São José dos Quatro Marcos, os profissionais seguiram para Araputanga a fim de manifestarem repúdio contra a Escola Estadual Costa Marques, única no município que não entrou em greve. “Fizemos uma reunião com a direção da escola e alguns profissionais reafirmando a importância da nossa luta por melhores condições de trabalho e qualidade na aprendizagem”, contou a diretora do polo regional Oeste II do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Lúcia de Lourdes Gonçalves.
De todos os municípios desta regional, apenas São José dos Quatro Marcos e Lambari D’Oeste retornaram às atividades. Para a sindicalista, o ato público foi fundamental para conscientizar a sociedade e a própria categoria sobre o descaso do Estado com a Educação. “Mesmo com a postura lamentável do governador, do TJ (que decidiu pela ilegalidade da greve) e dos parlamentares (que não questionam o Poder Executivo), o movimento está fortalecido”, acrescentou a diretora.
Luta fortalecida - Em Alta Floresta, os profissionais da educação fizeram caminhada e manifestação em frente à Câmara Municipal. Eles também estão mobilizados pelo piso salarial de R$ 1.312,00 e continuam em greve até segunda-feira (04/07), quando ocorre a assembleia geral da rede estadual, em Cuiabá. “Além de fortalecer a luta, o ato público é um importante momento para demonstrar à população e legitimidade das nossas reivindicações”, frisou o diretor do polo regional Nortão II do Sintep/MT, Luiz Bezerra Matos.
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