Operação contra funcionários fantasmas prende 21 no Rio
Uma operação contra uma quadrilha que causou um prejuízo de cerca de R$ 200 mil aos cofres públicos prendeu, na manhã desta sexta-feira, pelo menos 21 suspeitos de participação em um esquema de inserção de funcionários fantasmas na folha de pagamento da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES).
A ação da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (Seseg) e da Polícia Civil busca cumprir, no total, 31 mandados de prisão temporária. As investigações duraram dois meses e constataram a inserção de 44 pessoas no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos (SIGRH) da folha de pagamento da SES. O prejuízo causado teria ocorrido em apenas quatro meses.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e o Núcleo de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil apoiaram as investigações da Operação Saldo Zero. Os presos estão sendo levados para a Academia de Polícia Civil (Acadepol), no Centro da capital fluminense.
Casal era responsável pela fraude
Entre os presos, dois são considerados líderes da fraude. O casal Alexandre Augusto de Moura e Giovana de Paula Santos, ambos de 32 anos, foram presos no imóvel onde moravam, na rua Alair, em Mariópolis, na zona norte. Alexandre é apontado como o mentor da fraude, e Giovana, funcionária de uma empresa terceirizada que prestava serviços à SES, como a responsável por inserir os dados dos fantasmas no sistema do RH da SES.
Outra pessoa relacionada ao esquema também já está sob custódia. Gleice Lança Ferreira, 23 anos, foi presa na rua Lagoa da Prata, na Praça Seca, em Jacarepaguá, zona oeste. De acordo com o delegado titular da Draco, Alexandre Capote, mesmo com a constatação de que 44 fantasmas haviam sido inseridos no sistema, apenas 31 mandados de prisão foram expedidos porque a Justiça entendeu que nem todos se envolveram na fraude de forma espontânea.
No esquema, pessoas comuns forneciam seus dados para Alexandre, que os repassava para Giovana. Aos receber os salários, os fantasmas repassavam parte do dinheiro para Alexandre. A fraude foi descoberta depois que um superintendente do setor de RH da secretaria desconfiou de erros nos dados e acionou a polícia.
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