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Saúde
Quinta - 30 de Junho de 2011 às 23:11

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A precariedade do sistema público de saúde e a omissão do Estado culminaram na morte de 25,6 mil indígenas em 2010. A conclusão é do relatório Violência contra os Povos Indígenas no Brasil, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgado nesta quinta-feira. Segundo o estudo, faltam medicamentos, estrutura física e pessoal nos distritos sanitários de Saúde Indígena (Dseis) e nas unidades da Casa do índio espalhadas pelo País.

De acordo com a coordenadora do relatório, Maria Helena Rangel, essas denúncias foram feitas por comunidades que estão total ou parcialmente desamparadas. "As ações do governo estão muito pulverizadas. No entanto, se há um sistema de saúde para a população indígena, esse sistema tem de funcionar direito".

A situação mais crítica, de acordo com o estudo, é no Estado de Mato Grosso, onde 15 mil indígenas morreram por falta de atendimento médico. No Pará, a comunidade Suruí está sem assistência médica há cinco anos. No Maranhão, dezenas de crianças Awá-Guajá, da Terra Indígena Caru, sofrem com surtos de diarreia.

Os índices de mortalidade infantil também cresceram. O relatório aponta que somente em 2010, 92 crianças menores de 5 anos de idade morreram vítimas de doenças facilmente tratáveis, o que representa um aumento de 513% se comparado a 2009. Em Mato Grosso, de 100 crianças xavantes nascidas vivas 60 morreram, vítimas de desnutrição, doenças respiratória e infecciosas.

De acordo com o estudo, os índices de mortes na infância tem contribuído para a diminuição da população indígena no Vale do Javari, no Amazonas. Desde 2000, 210 crianças menores de 10 anos de idade morreram na região.





Fonte: Terra

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