Os Estados Unidos consideram um "capítulo encerrado" o caso da indenização que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou ao país pagar à Nicarágua há 25 anos por ter financiado grupos insurgentes (Contras) que combateram a Revolução Sandinista no começo dos anos 1980. "Para nós, este caso foi resolvido durante o governo democraticamente eleito de dona Violeta de Chamorro (1990-1997). Para nós, é um capítulo encerrado", afirmou nesta quinta-feira o embaixador americano em Manágua, Robert Callahan, em visita ao Zoológico Nacional, 16 km a sudeste da capital.
O diplomata desconsiderou reclamações recentes que o presidente Daniel Ortega fez a Washington, devido à negativa de várias administrações americanas em pagar a indenização que a CIJ ordenou há 25 anos, após a demanda que a Nicarágua apresentou a este tribunal internacional, em 1984. Os dirigentes da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), partido no poder, asseguram que o montante que os Estados Unidos devem pagar à Nicarágua pelos danos causados à sua economia chega a 17 bilhões de dólares.
"Essa é uma dívida que os Estados Unidos têm com a Nicarágua e estou certo de que chegará o dia em que a pagarão", disse Ortega no sábado passado, durante evento partidário em Manágua. O primeiro governo sandinista apresentou a demanda em 1984 contra os Estados Unidos, aos quais acusou de financiar de forma encoberta com dinheiro e armas as atividades armadas dos contrarrevolucionários.
A ex-presidente perdoou qualquer indenização que os Estados Unidos deviam pagar à Nicarágua, com o objetivo de melhorar as relações com este país, que se opôs política e militarmente à revolução.
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