Empresas aéreas de pequeno porte querem ampliar participação no mercado
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou um levantamento que aponta o crescimento no mercado das empresas aéreas de pequeno porte. Dos 18,41% de participação alcançados, em maio de 2010, elas chegaram à importante marca de 20% em maio deste ano. O presidente da Associação das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Lazaro Chryssafidis, avalia os dados com otimismo e afirma que a intenção é crescer ainda mais.
As informações do relatório de Dados Comparativos Avançados da Anac, publicado na terça-feira (28), são mais um incentivo para que o setor busque melhorias e espaço no mercado. "É uma excelente notícia porque as empresas de pequeno porte têm mostrado competência para chegar a esse desempenho. A tendência é conti nuar crescendo", diz Chryssafids.
Os dados da Anac também confirmam a tendência de crescimento. A procura por voos no mercado aéreo doméstico aumentou 28,6% em maio, em comparação ao mesmo período do ano passado. Já a taxa de ocupação das aeronaves aumentou de 60,1% em maio de 2010 para 67% no mesmo mês deste ano.
De acordo o dirigente da Abetar, as empresas aéreas de pequeno porte estão preparadas para conquistar uma fatia maior do mercado. Alguns pontos positivos, destaca, são a gestão cada vez mais competente das companhias, as passagens mais baratas e o aumento no número de passageiros que procuram os aeroportos regionais.
Gargalos
Alguns gargalos precisam ser solucionados com urgência para não dificultar esse progresso. Chryssafids reivindica, por exemplo, reformas nos terminais de passageiros dos aeroportos regionais, adequação das pistas para operar aviões e a instalação de equipamentos que tragam mais segurança para pousos e deco lagens.
Ele ainda destaca que as empresas menores têm condições de chegar a mais localidades, onde ainda não há transporte aéreo, para atrair mais passageiros e oferecer horários mais flexíveis. É preciso pensar em alternativas para melhorar a infraestrutura dos aeroportos regionais, além de ampliar os espaços para atuação nos grandes aeroportos.
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