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Quinta - 30 de Junho de 2011 às 15:34

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Os trabalhadores das redes municipais de ensino de Castanheira, Rondolândia e Canarana continuam em greve. Nos três municípios, a categoria reivindica o reajuste do piso salarial e a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Outra característica em comum são as dificuldades nas negociações com o Executivo Municipal.

Localizada a 780 km de Cuiabá, a cidade de Castanheira possui um piso salarial defasado. Os profissionais da educação entraram em greve no dia 21 de junho e estão na expectativa de uma reunião com o prefeito José Antunes de França ainda hoje (30). “Na verdade seria ontem, mas a equipe da prefeitura não compareceu e remarcou para hoje”, informou o diretor do polo regional Noroeste do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Ailton Oliveira.

A última recomposição salarial da categoria de Castanheira ocorreu em 2007. "O piso atual de R$ 660,00 está defasado. Nós reivindicamos o valor nacional, mas estamos abertos para, junto com o Executivo Municipal, chegarmos a um piso possível", ressaltou. A pauta de reivindicação também inclui o enquadramento dos funcionários da educação no PCCS.

Já os trabalhadores da educação de Rondolândia, a 1.600 km da Capital, avançaram parcialmente em função de uma audiência de conciliação presidida pelo titular da Primeira Vara da Comarca de Juina, juiz Edson Dias Reis, ontem (29). Apesar de a equipe da prefeitura não ter apresentado proposta à categoria, o juiz estipulou um prazo de 10 dias para que o Executivo Municipal o faça. “Além disso, fez outras determinações como, por exemplo, a apresentação dos nomes e respectivas funções dos profissionais da educação”, acrescentou o sindicalista.

Segundo o diretor regional do Sintep/MT, esse e outros problemas na administração pública já foram alvos de denúncia ao Ministério Público. “Não tivemos uma solução imediata, mas avançamos com esta postura do juiz em continuar buscando uma conciliação e ao mesmo tempo cobrar esclarecimentos com relação ao uso do dinheiro público”, avaliou Ailton Oliveira. O magistrado decretou ainda a legalidade da greve nos próximos 10 dias, até que o prefeito Bertilho Buss apresente proposta.

Categoria mobilizada - Em greve desde a última sexta-feira (24), os profissionais da educação de Canarana, a 838 km de Cuiabá, estão concluindo os estudos para implantação do piso salarial de R$ 1.187,00 e reestruturação do PCCS. A diretora do polo regional Leste II do Sintep/MT, Ana Lúcia Antônia da Silva, acredita que até segunda-feira (04/07) as análises sejam finalizadas e a audiência com o Executivo Municipal marcada. Segundo ela, a categoria está mobilizada e não retorna às atividades até o atendimento das reivindicações.

Enquanto os trabalhadores da educação realizam os estudos, uma empresa que presta serviços à prefeitura também trabalha numa minuta do PCCS. “Mas não concordamos com a análise feita por eles, por isso vamos nos basear na nossa e discutir com o prefeito (Walter Lopes Faria)”, afirmou. O piso atual em Canarana é de R$ 782,00 e o PCCS também está defasado, principalmente com relação aos coeficientes das tabelas.





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