Neta adotada como filha por Médici ganha direito a pensão
Cláudia Candal Médici, neta do presidente Emílio Garrastazu Médici (1905-1985), ganhou o direito a receber uma pensão militar. A decisão é da Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Um ano antes da morte de sua morte, Médici e a mulher, Scylla Gaffrée Nogueira Médici, adotaram a neta como filha.
Até 2001, as filhas solteiras de militares tinham direito a receber a pensão a vida toda.
Já os homens recebem até os 21 anos. Médici e a mulher tiveram foi filhos homens.
Em 2005, o governo cancelou a pensão de Cláudia por considerá-la irregular.
Ao entrar na Justiça, Cláudia afirmou que perdeu o direito sem poder se defender.
Na primeira instância, ela ganhou, mas no TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região (RJ e ES) o pedido foi negado.
Para os juízes, a adoção foi feita apenas para que ela recebesse a pensão.
Para o ministro Jorge Mussi, relator do caso no STJ, a adoção feita por Médici deve ser considerada válida. Ele lembrou ainda que a Constituição proíbe qualquer tipo de discriminação entre filhos adotivos e naturais.
Os ministros entenderam ainda que o ato do governo em tirar a pensão de Claúdia foi irregular por falta de defesa.
Médici foi presidente do país durante a ditadura militar entre 1969 e 1974.
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