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Nacional
Quarta - 29 de Junho de 2011 às 08:52

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O governo Dilma Rousseff não só deu aval para montagem da proposta de fusão entre o Grupo Pão de Açúcar e a rede francesa Carrefour como prometeu que o BNDES será sócio do negócio caso ele seja aprovado.

O empresário Abilio Diniz, um dos controladores do Pão de Açúcar, procurou o governo para tratar do assunto. Falou primeiro com o BNDES e depois com o Planalto.

Nas conversas, Diniz quis saber se teria apoio oficial, inclusive com participação do BNDES, caso conseguisse montar uma proposta de fusão que garantisse o controle nacional do Pão de Açúcar.

A resposta tanto do banco como do Planalto foi positiva, dentro da política do governo Dilma de fortalecer empresas nacionais.

De posse do aval do governo, Diniz buscou montar sua proposta de fusão com o Carrefour, concorrente na França da rede Casino.

Antes de oficializar o acolhimento da proposta, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou e recebeu o sinal verde de Dilma.

O BNDES condicionou a aprovação da proposta de fusão a um acerto entre Diniz e seus sócios da rede Casino.

A política de apoio a grandes grupos nacionais começou no governo Lula, quando o BNDES também bancou operações semelhantes, como a compra da Brasil Telecom pela Oi para formar uma grande empresa nacional de telecomunicações.

ANÁLISE

Ontem, o banco informou oficialmente que "enquadrou para análise operação no valor equivalente de até 2 bilhões de euros (R$ 4,5 bilhões), relativa ao projeto de internacionalização do Grupo Pão de Açúcar". A estrutura inicial conta com R$ 3,91 bilhões do BNDES.

Na nota, o banco destaca que a aprovação dependerá de análise da diretoria do banco e será submetida à aprovação das demais companhias envolvidas.

Caso seja aprovado, o aporte será feito por participação societária, por meio da BNDESPar, na empresa Gama, uma sociedade de propósito específico criada pelo banco BTG Pactual apenas para negociar a fusão entre as redes varejistas.

Dentre as opções analisadas estão a compra de ações ordinárias da Gama ou mesmo a subscrição de debêntures conversíveis em ações que viriam a ser emitidas no mercado pelas empresas.

Assessores da presidente Dilma disseram à Folha que o governo prefere que o controle do grupo varejista permaneça nas mãos de brasileiros. A rede brasileira pode passar a ser controlada pelo Grupo Casino, também francês, sócio de Diniz e com direito de assumir o comando do negócio no próximo ano.

Além disso, os assessores de Dilma avaliam que a proposta tem a vantagem de abrir espaço para produtos brasileiros no exterior.






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