O técnico do Santos, Muricy Ramalho, afirmou em entrevista ao canal Esporte Interativo que não saiu do Fluminense por conta da falta de estrutura do clube e criticou o sucessor, Abel Braga, por ter falado sobre o assunto. "Eu vi o Abel dar opinião e acho que não deveria dar, porque não sabia. No futebol, não se pode comprar ideia que se vende. E venderam para ele. Sei que ele tem boa índole, mas não deveria opinar", afirmou. Segundo o treinador, a saída na verdade foi motivada pela falta de sintonia com o presidente tricolor, Peter Siemsen, que assumiu o cargo no início do ano.
"Falaram um monte de coisa, inventaram o negócio de rato. Eu nunca falei negócio de rato em nenhuma entrevista, inventaram isso lá. O presidente não fez força nenhuma para eu ficar. Discuti com ele, de melhorar o CT em Xerém, que sempre foi uma fábrica, ele concordou comigo. Mas em três horas de conversa, ele não foi nas outras duas reuniões, nunca falou "vamos acertar e continuar legal". Então senti que ele não me queria lá", disse, antes de emendar: "então para que ficar? Eu tinha contrato da minha vida lá, ganho menos no Santos. Sabia que não iria ter sucesso, o cara não me queria lá, e a verdade é essa". Muricy admitiu que, caso o Fluminense não tivesse trocado o presidente, não teria conquistado a Libertadores pelo Santos. "Adorava lá (Rio de Janeiro), morava bem para caramba, era muito bem tratado e tinha o maior salário de minha vida. Achei só que o presidente não me queria lá", completou.
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