As negociações devem começar com uma reunião marcada para dez de julho, para a qual seriam convidadas "todas as facções, intelectuais, políticos", disse a nota da agência.
O presidente da Síria, Bashar Al-Assad, havia dito em um pronunciamento do dia 20 de junho que as discussões devem incluir mudanças constitucionais, inclusive abrindo caminho para que outros partidos, além do oficial Baath, cheguem ao poder no país.
Desde março, vêm ocorrendo protestos em inúmeras cidades sírias, inspirados nos levantes que derrubaram os governos de Tunísia e Egito.
Calcula-se que 1,3 mil pessoas tenham sido mortas e milhares detidas desde o início das manifestações.
Encontro
Nesta segunda-feira, ocorreu em Damasco um encontro que reuniu pelo menos 150 dissidentes do regime - o primeiro evento do tipo desde o início dos protestos.
Os participantes pediram o "fim da tirania" e dizem que não fazem concessões ao governo.
O encontro foi aberto com os organizadores ressaltando que não ocorria um encontro como este no país há décadas.
No entanto, o evento foi questionado por oposicionistas por acontecer com a permissão do governo.
"Três ou quatro oposicionistas que foram presos participaram do encontro. Mas fora estes, todos os outros nomes que li não são figuras muito conhecidas" disse Malik Al-Abdeh, editor do canal de TV de oposição Barada TV, à BBC.
"Portanto esta não é uma reunião da oposição, mas apenas um encontro de intelectuais discutindo o futuro da Síria, sob o olhar atento da Segurança síria", afirmou, ressaltando que o grupo considerado por ele o principal da oposição síria, a Coalizão da Declaração de Damasco, se declarou contra o encontro.
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