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Cidades/Geral
Domingo - 26 de Junho de 2011 às 15:10
Por: RAFAEL COSTA

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Deputado Dilmar DalBosco vê benefícios nas informações de agricultor e vai pedir proteção ao Estado
Deputado Dilmar DalBosco vê benefícios nas informações de agricultor e vai pedir proteção ao Estado

O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a situação das Usinas Hidrelétricas em Mato Grosso, deputado Dilmar Dal"Bosco (DEM), vai solicitar ao governador Silval Barbosa (PMDB) que o Estado ofereça proteção ao agricultor David Tadeu Perin.

Autor de denúncias de crimes ambientais praticados no município de Brasnorte (579 Km a Noroeste de Cuiabá) pela empresa Cravari Energia S/A, responsável pela Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Bocaiúva, David Perin afirma que tem recebido, diariamente, ameaças de morte.

A justificativa dada pelo parlamentar para que tal medida seja adotada é o auxilio nos trabalhos da CPI. "O agricultor é uma pessoa que tem contribuído com as investigações e nos forneceu informações importantes. Diante disso, vamos solicitar proteção à testemunha", disse.

Dal"Bosco revelou ainda que, pelas graves denúncias recebidas contra a PCH Bocaiúva, os deputados farão uma inspeção no local, para verificar indícios de crimes ambientais.

"Estamos avaliando a participação do Ministério Público. Este processo tem mais de 72 volumes e vamos avaliá-lo com calma, antes de exigir as medidas necessárias. O certo é que não podemos ficar paralisados diante disso", afirmou o deputado.

Irregularidades

Conforme relatório de fiscalização do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), a cuja cópia MidiaNews teve acesso, o processo de instalação da PCH Bocaiúva registrou graves irregularidades.

Na lista, está a construção de uma estrada dentro da terra do Incra, sem autorização e sem licença de desmate, o que provocou a destruição de uma nascente de água.

Ainda houve aumento de área sem a devida indenização aos posseiros e prejuízos aos moradores, porque vários lotes que chegavam até o Rio Cravari ficaram sem água, por causa de uma cerca feita pela Cravari Geração de Energia S/A. Também foi aberto espaço para construção de um canteiro de obras, em lote de um assentado sem a devida autorização do Incra.

Para impedir o acesso de assentados ao lago, a empresa Cravari Geração de Energia instalou cercas de arame liso, ao longo do perímetro da PCH Bocaiúva.






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