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Internacional
Domingo - 26 de Junho de 2011 às 08:52

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Um dos mais proeminentes dissidentes da China, Hu Jia, se reencontrou com a família no início da madrugada deste domingo (horário local), depois de cumprir três anos e meio de prisão por ter sido acusado de subversão, informou sua mulher.

Hu foi condenado em 2008 por "incitar à subversão do poder do Estado", após ter criticado a situação dos direitos humanos na China. Seus admiradores o viam como um potencial candidato ao Prêmio Nobel da Paz, que acabou sendo concedido a outro dissidente chinês, Liu Xiaobo, no ano passado.

"Ele está de volta à casa com os pais e comigo", disse à Reuters sua mulher, Zeng Jingyan, em uma rápida entrevista por telefone.

"Não sei se mais tarde ele poderá falar. No momento, quero que tudo seja pacífico. Temo que dar entrevistas nesta fase possa causar problemas. Por favor, entenda", afirmou ela.

Hu Jia foi solto depois da libertação, nesta semana, do artista e ativista Ai Weiwei, e em um momento em que o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, está visitando a Europa, com passagem pela Hungria, Reino Unido e Alemanha.

CENSURA

Ai Weiwei recebeu liberdade condicional na quarta-feira (22), mais de dois meses após ser preso, em 3 de abril, e se encontra em liberdade sob fiança à espera de julgamento.

O artista não poderá viajar, falar com a imprensa ou ter acesso ao Twitter durante ao menos um ano, segundo uma fonte próxima ao caso à agência de notícias Reuters.

"A parte principal são estas duas condições, a mídia e a internet", disse a fonte.

Ai tem liberdade de movimento em Pequim, mas "antes de sair ele precisa lhes informar seu paradeiro" durante um ano, afirmou a fonte, sem especificar a quem Ai tem de se reportar.

O governo chinês afirmou nesta quinta-feira que o artista e dissidente Ai Weiwei, libertado na quarta (22) após três meses de detenção, não pode deixar Pequim sem permissão durante ao menos um ano.

"O caso de Ai Weiwei segue sob investigação, por isso que sem a permissão das instituições de cumprimento da lei ele não está autorizado a sair de sua casa, e deverá responder as citações judiciais", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hong Lei.






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